Tunel do Tempo - Dia do Maçom

Comemora-se a 20 de agosto o Dia do Maçom, feito comemorativo idealizado por IIr.: da Grande Loja. Falando em aniversário, costumo dizer que o fazemos todo dia, assim como Dia dos Pais e Das Mães, mas o Dia do Maçom em que se precisa estar sempre vigilante. Porém, ao comemorarmos a data natalícia não deixa de ser especial para refletir, meditar, agradecer, especialmente pela nossa existência, o que temos feito de construtivo para a felicidade do próximo e, em especial, a nossa felicidade em que pese que a nossa felicidade é a felicidade do GADU. Porque não também o nosso templo interior e o crescimento interno no destaque de alimentar o corpo e também o espírito.

A importância do maçom construtor de uma sociedade – vigilante – precursor da virtude e no combate ao obscurantismo do Oriente ao Ocidente, e de Norte a Sul, pertencentes a ordens iniciativas, filosóficas de cunho operativo e também de significado espiritual, se reúnem em templos divinos com o contexto de representação do Cosmo ou do Universo, cercados e emanados a simbologias com o afã de levantar mais templos às virtudes e sempre cavando masmorras aos vícios. A palavra maçom também já enseja ao trabalho construtivo por designar operário da construção e, especialmente, o entalho de pedra na edificação da obra.

No meu entendimento eles são uma retaguarda da sociedade desde datas milenares até os dias de hoje onde intitulamos a sociedade moderna, sob os auspícios de princípios democráticos com sua finalidade principal: defender a Fraternidade, a Liberdade e a Igualdade com ações de vigilância e ponderações que se fizer necessário. No passado, com participação histórica como a Independência do Brasil, a Proclamação da República e a Abolição da Escravatura como feitos principais.

Há interrogações de não sermos atuantes como nossos antecessores, mas a atuação constante da maçonaria é evidente, principalmente no alcance de nossa visão desde quando estamos em 9 de fevereiro de 1980 e vimos comprovar essa vigilância e constante atuação, tomando por base a nossa cidade de Frutal/MG como a participação nas 2.a e 3.a Varas da Justiça local, vigilância na atuação dos prefeitos, participação e idealização da eleição de um deputado, da Faculdade, do Centro Cultural, gestão por vários anos na Santa Casa, revitalização do Colégio Estadual, gestão da creche, idealização da Biblioteca Pública, atuação direta na construção dos trevos Jaó, Tabapuã, Planura e, mais recentemente, Cruzeta, INSS, Demolay, Filhas de Jó. E mais, bastando consultar nossos balaústres para enumerar centenas de feitos, com participações e idealizações que levam à sociedade a inspiração e a realização de obras ao bem comum com vasto crédito de credibilidade.

“Em tempo e Obs., hoje 12 de novembro de 2018, Frutal MG, tem uma das galinhas de ovos de ouro, a Universidade UEMG, projeto iniciado pela minha Loja Maçônica Comendador Gomes da Silva 90

Atendente em média 1500 alunos com cursos de Direito, Sistema de Informação, Administração, Comunicação Social, Jornalismo e brevemente Agronomia.

Projeto inicial em que tive a honra de presidir uma comissão para o-faculdade de 1982 a 1991, até tornar-se realidade, com a instalação inicial da extensão da UNIUBE de Uberaba MG, através do educador Sr. MARIO PALMERIO”, já no Oriente Eterno.

Com certeza, não foi somente em Frutal que acontece essas participações. São em todo o Brasil, às vezes em localidades com menos intensidade e outras mais atuantes, como prova a ação da maçonaria em Uberlândia e São José do Rio Preto, além de Barretos nos convidando para trabalho em conjunto. Descabida, entretanto, as frases de certos autores ao afirmarem que maçonaria não está operativa com dantes, porque principalmente a interiorana tem mostrado constante serviço.

A assembleia geral dos Sereníssimos Grãos Mestres se realiza bienalmente com cada evento alternando o local, atesta a participação da maçonaria nos problemas internos e também nacionais, bastando conhecer a carta editada ao final de cada reunião. Fica evidente a atuação em países a que se deve sua origem. Na Inglaterra com a reformulação da Constituição de Andersen, base e alicerce da Maçonaria Universal desde 1723 – época contemporânea. Nos Estados unidos deixaram sua marca Washington, Lafaiette, Franklin e quase a totalidade de seus presidentes. Na fundação República Chinesa pelo maçom Sun Yat Sem. Na Itália por Garibaldi, Cavour e Mazani e, em Portugal, se agiganta com a obra de Pombal. Na França com a revolução social avulta-se na declaração dos direitos do homem. Na Alemanha com Goethe, com apoio de Lutero na “reforma”. Na América Latina, os maçons Bolívar, Benito Juarez, Moreno e San Martin dão às coletividades a conquista efetiva de seus ideais de liberdade, assim como nos países vizinhos do Chile e Equador.

Doar cobertor ‘sapeca neguinho’ é obra de maçom? Assevera nosso Ir.: Euclides Castanheira Nunes (o Quidinho), ao dizer que a maçonaria não devia ficar perdendo tempo distribuindo estes cobertorzinhos aos necessitados e, sim, trabalhar grande, com ações vigorosas no sentido de que estes não necessitam destes favores e sim a qualidade de vida extensiva a todos, desejando melhor repartição do bolo, melhoria na educação, saúde, alimentação. Ele costumava sempre propagar sua receita milagrosa de gemada no combate à desnutrição.

Se olharmos para trás, certamente vemos que estamos trabalhando nessa direção de melhores dias na edificação de uma sociedade mais justa, viando melhor futuro. Nossa instituição prima por uma das mais bem organizadas do mundo. Nossas assembleias inspiram o Parlamento Britânico com ritualismo e simbolismo milenares, e inspiração do GADU onde prima a Fraternidade, a Liberdade e a Igualdade ensejando sempre a união.

“O quão suave é que os IIr.: vivam sempre em união”, pois sem ela nada se constrói, provando as palavras do Livro da Lei – “onde estiveres dois os mais reunidos estará presente a minha força”.

José Pedroso

Frutal, 20 de agosto de 2007