ESCOLA SEM PARTIDO, uma defesa.
O “escola sem partido” jamais propôs censurar o professor, ele só reafirma e fortalece o direito a uma discussão mais pluralizada, saindo da unilateralidade do discurso esquerdista doutrinário, assim como outros temas polêmicos que inibe o aluno a expor suas visões divergentes.
O projeto não censura em lugar nenhum e nem proíbe do professor falar sobre marxismo ou qualquer outro tema, ele só condena a militancia partidária ou imposição de visões religiosas ou ateístas dentro da sala de aula.
O projeto propõe é que, a mesma forma enfática que um professor aborda um determinado tema, aborde outras visões também... Dando assim autonomia analítica de escola pra o aluno seguir a teoria que bem lhe parecer mais lógica.
Ou seja, expor a pluralidade de temas de forma igual mostrando SOBRETUDO as qualidades e os defeitos dentro de cada teoria, sem favorecer ou idealizar uma teoria como a melhor, mas mostrar a luz da esperiencia social e cientifica que as teorias são verdades momentaneas e transitórias, e que estão ali como a mais aceita até que venha outras que a supere.
Este entendimento cientifico seria recebido pelo aluno de forma libertadora, dispertando os questionamentos sobre os "status quo" e paradgmas cientificos mais cartesianos, expandindo ainda mais as possibilidades logicas da ciencia pelo debate plural e eficiente, cabendo ao professor mediar os debates e não bitolar os alunos pela doutrinação do seu modo de ver o mundo.
A função do professor seria como a balança que regula as ações pelas logicas cientificas e sociais, vinculando os debates para a ciencia e retirando os achismos e as paixões individuais.
Em sala de aula o professor tem que mostrar em igual empenho os dois lados da mesma moeda teorica, colocando exemplos práticos econômicos sociais (ou outros temas diversos) pelo mundo como diretrizes de analises no crivo cientifico. A tarefa é colocar os defeitos e as qualidades dos vários experimentos econômicos, políticos e sociais, a história está ai pra isso.
Os experimentos históricos moldam e evidenciam o que funcionam e o que não funcionam nas teorias sociais econômicas. É claro que o professor não é um agente inseto de percepções ou preferencias, mas este deve por obrigação minimizar o máximo sua influencia pessoal na sala de aula, e o melhor medidor de militância é a censura detectada pelos alunos e praticada pelo professor.
Caso o contrario, se o professor se deixar levar por percepções pessoais, estará fabricando alunos que serão cópias do seu modo de pensar, e não oferecerá autonomia e liberdade para os processos cognitivos dos educandos.
O professor deve enfatizar muito e de forma rígida, que todas as analises feitas em sala de aula sejam direcionadas pelo cunho dos processos metodológicos científicos da pesquisa das mais diversas visões e literaturas.
È natural que o aluno chegue em sala de aula com suas visões de mundo ancorado em crendices pessoais, mesmo estas visões não devem ser censuradas, devem ser ouvidas, pois ao mostrar os processos metodológicos e científicos que norteiam um argumento este aluno perceberá por si mesmo que seus achismos são na verdade visões subjetivas sem aplicabilidades cientificas.
Ao fazer isto, o professor retira os "achismos" e cunha uma mentalidade cientifica sem precisar censurar o aluno e suas falas, mostrando que todo método tem que está compromissado não com o nosso querer ou crença e sim com a verdade mais próxima e logica dentro de um processo cientifico.
Um bom debate perpassa pela regulação dos moldes cientificos, mostrando todos os lados do mesmo tema em visões divergentes, e trazendo a reflexão da verdade mais próxima e logica da ciencia, sejam estas verdades quais forem, isso sim é liberdade de catedra e de aprendizado.
Aprovado ou não, o escola sem partido já ganhou notoriedade, nunca mais os alunos estudiosos e de mente aberta vão se deixar doutrinar...