SEXO COMO NECESSIDADE FISIOLÓGICA!
Por mais que desejemos que não seja, esse tema será sempre um tabu! Quando aliamos o sexo a uma necessidade fisiológica, aos olhos da igreja o ato será sempre culposo, relacionado ao pecado da carne, a lascívia que estará sempre relacionada aos prazeres da carne, nunca da alma, como está escrito na carta de Gálatas 5:18...: “Contudo, se sois guiados pelo Espírito, já não estais subjugados pela Lei. 19 Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; 20 idolatrias e feitiçarias; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e ….”
Então praticar sexo sem amor é uma necessidade ou um pecado? A bíblia segue pondo o sexo sem amor como um grave pecado. Em Mateus 15:19 diz: “Porque do coração é que procedem os maus intentos, homicídios, ADULTÉRIOS, IMORALIDADES, roubos, falsos testemunhos, calúnias, blasfêmias”. E se continuarmos uma vasculha moral com ênfase nas escrituras sagradas, vamos encontrar mais relações em Romanos, Coríntios, Colossenses, Hebreus, Apocalipse, Marcos, Ezequiel, Efésios, Timóteo, Tito, Tiago, Pedro, João e até em Salmos, quando no Capítulo 17, Versículo 4, está escrito: “...como costuma agir a humanidade. Eu observei a palavra dos teus lábios e evitei o caminho dos maldosos”!
Mas então será mesmo um pecado de graves consequências para o espirito, sentir a necessidade de praticar o sexo, mas sem a necessidade da outra parte estar ligada ao casamento? Em cada uma das interpretações bíblicas, no mínimo você vai se sentir culpado, no máximo, condenado ao castigo mais doloroso que há no inferno.
O psicólogo estadunidense Abraham Maslow, talvez no seu estudo mais célebre, classificou os graus de necessidades humanas. Ele criou uma pirâmide com cinco camadas, sendo que no topo estão as necessidades da REALIZAÇÃO PESSOAL: moralidade, criatividade, espontaneidade, solução de problemas, ausência de preconceito e aceitação dos fatos. Abaixo está a camada nas necessidades da ESTIMA: autoestima, confiança, conquista, respeito dos outros, respeito aos outros.
Segue na pirâmide das necessidades humanas a camada seguinte, do AMOR e RELACIONAMENTO, onde Maslow deixa bem claro que amor e relacionamento estão diretamente ligados, havendo, todavia, a necessidade de existir os pressupostos da ‘amizade’, ‘família’ e ‘INTIMIDADE SEXUAL’. É fácil interpretar que em seus estudos, Maslow não classificou o amor universal, mas o amor carnal, quando duas pessoas distintas entendem que podem viver juntas por um objetivo único, a formação de uma família. Então se entende que todo aquele que nutra a necessidade de formar uma família, precisa nutrir também necessidade da amizade e intimidade sexual, caso em contrário, não é família e sim um negócio mercantilista.
Na penúltima camada da pirâmide de necessidades, há a SEGURANÇA, quando todos nós sentimos obrigação de promover a segurança do corpo, do emprego, dos recursos para a subsistência. Voltam nessa camada necessidades já vistas, como moralidade, família, saúde e prosperidade.
A mais polêmica camada, na base da pirâmide de Maslow encontra-se às necessidades as quais ninguém (em tese) consegue sobreviver sem elas, são as nossas NECESSIDADES FISIOLÓGICAS: respiração, comida, água, sono, homeostase, excreção e sexo!
Óbvio que superficialmente falando, todo ser humano precisa: respirar, comer, beber água, dormir, manter-se equilibrado e expulsar os excessos do corpo (dejetos) para não sucumbir, e o mais interessante é que o sexo é qualificado como uma necessidade básica. Pela tese de Maslow, o ser humano que não pratica sexo, morre!
Muito embora a medicina enxergue somente os ícones da digestão, excreção, respiração e circulação como sendo fisiologia humana, não se pode rechaçar a ideologia de que o ser humano sente ‘sim’ a precisão de exercitar o sexo, mesmo que em completa solidão! Que alguns não praticam e vivem perfeitamente sem isso, é óbvio que também é crível do ponto de vista humano, e inegável, que a humanidade pratica sexo, seja numa frequência de menor ou maior ocasião, desde que o Mundo é Mundo!
Mas como se pode praticar sexo como uma necessidade fisiológica sem afetar os preceitos do amor? A prática do sexo não está relacionada ao prazer? – Exatamente! É o prazer a mola propulsora dessa necessidade disfarçada de pecado. Todo corpo atende aos estímulos mecânicos externos, combinados com estímulos naturais; e isso gera no cérebro, de modo involuntário, uma conveniência imperativa de externar aquela sensação de prazer!
Fala-se que essa contenção explode muitas vezes pelas vias criminais, mas isso é outra etapa dos estudos psiquiátricos; porque como eu citei, a pessoa que não tem um parceiro e se sente forçosamente na iminência de praticar sexo, pode perfeitamente resolver a questão sozinha!
Preciso deixar claro que qualquer tipo de tentativa de prática de sexo com outras pessoas sem a acedência absoluta e inquestionável do outro adulto, é crime gravíssimo na maioria dos códigos penais do Mundo; e se isso for com menores de idade, a existência criminal é ainda mais grave. Portanto, jamais se deve imaginar ou buscar o prazer com menores de idade ou forçosamente com adultos, para se afastar qualquer suscitação de estupro, pedofilia e questões análogas.
Pelo lado filosófico, no campo da coletividade, não há qualquer alicerce que consiga manter a evolução humana sem que haja a prática evolutiva de sexo. Mas e quando o tema parte para o campo individual, será que o ser humano consegue resistir a qualquer incitação sexual?
Se para muitos o sexo sem amor é o maior pecado, para alguns isso é perfeitamente possível e inteligível, sem que haja um só rompimento de questão ética; e isso acontece, porque algumas pessoas encaram a prática sexual não compulsiva, como uma necessidade esporádica fisiológica; ou seja, a cabeça cria uma circunstância, o corpo atende aos estímulos e a alma programa o surgimento do prazer.
É muito fácil, muito seguro e possivelmente simples, desde que cada indivíduo que sinta essa necessidade, busque controladamente satisfazê-la de forma solitária, ou ainda exista disponível e também desejando, um parceiro que o ajude a satisfazer a necessidade!
Uma pessoa quando nasce sem os braços ou os perde na dura batalha da vida, precisará eternamente de auxílio de outras pessoas para manter-se vivo, ou terá que desenvolver técnicas sobre-humanas para tal. No sexo há um encadeamento muito equivalente, somente oposto! O ser humano que sente a necessidade de praticar sexo, primeiramente busca o parceiro, mas quando esse parceiro não existe, está distante ou não é ético haver, qual outro recurso dispõe o ser humano para concluir a questão, senão o sexo solitário?
Chegando nesse ponto da discussão, deixo a pergunta: Qual foi o pecado de Eva e Adão? O fruto proibido é mais uma metáfora bíblica, sem dúvida; mas esse fruto proibido, o que era senão o incesto? Naquele Mundo descrito em Gênesis, primeiro veio Adão, depois Eva. Assim como na Lagoa Azul, eles evoluíram e se descobriram homem e mulher, então veio o sexo e desse sexo sagrado vieram os filhos; os mais famosos, Abel e Caim, mas tiveram outros como Luluva, Sete e Aclia. Para essa primeira família se procriar, não poderia haver outro método, senão o sexo entre os pais, entre os irmãos, e entre os pais e os filhos, onde se explica talvez, a presença do fruto proibido! Nascia então o sexo como tabu e como pecado...
O Mundo enxerga o sexo sem amor como promiscuo e sujo, mas há sociedades em que isso sequer é ventilado, portanto a questão da prática da prática do sexo deve ser pessoal e indiscutível, assim como já fazemos com outras questões como a prática religiosa e atualmente, até ideologia de gênero.
Eu jamais enxergarei a prática de sexo sem o laço amoroso como sendo algo repugnante! A pessoa que busca a satisfação do seu desejo carnal e encontra outra que se acople no mesmo exemplo é algo digno de solenidade! Por outro lado, quando não temos a disponibilidade de um parceiro que se ajuste ao nosso desejo, não há mal algum em haver prática de sexo exclusivo, pessoal, indiscutivelmente tanto quanto prazeroso, como o é a dois, a três, a mais ou a menos...
Mais do que veraz é garantir que sem uma ‘cabeça legal’ não haverá nunca ‘sexo legal’. Sozinho ou acompanhado, a cabeça precisa estar cheia de boas emoções, bons pensamentos, respirando bons ares, para que o resultado seja o bom prazer! Sexo sem amor, claro que é possível, mas sem carinho, a meu ver, lembra abuso, constrangimento, delírio na forma de doença, dá medo!
E nessa de abranger o sexo, também como necessidade fisiológica, há quem associe a prostituição, como forma de contentamento dessa julgada necessidade. Quem expõe cobiça de vende o prazer através da prática do sexo, indiscutivelmente está inserido num negócio diferente dos demais, mas tão mercantilista quanto. E nesse caso, sem os olhos das paixões, tanto quem vende, quanto quem compra, pratica nada mais, nada menos, do que o mesmo ato dos que estão casados, ou há algo de diferente, senão a ausência de amor e convenção familiar?
Nessas tantas estradas da vida, eu já vivi suficientemente para ver situações das mais marcadas em relação a amor e sexo. Muito além das más traçadas linhas acadêmicas, tive a satisfação de vivenciar questões de tabus, como também, estive plantado, direta ou indiretamente, em laboratórios de sensações humanas, que me fizeram ver, aprender e respeitar cada opinião, cada caminho seguido pelos mais diferentes protagonistas dessas fantasias sexuais; e por assim afirmar, repito que sexo a dois é maravilhoso quando é maravilhoso para ambos. Sexo solitário também é maravilhoso, quando ele vale pela satisfação dupla.
O sexo em qualquer das suas nuances não precisaria apresentar divulgação, por se tratar de algo reservado aos que o submete a uma causa pessoal. Praticado seja por quem for, entre casais, amigos, desconhecidos ou sozinho, a necessidade de vê-lo sob o aspecto da intimidade perfaz-se, dentre outras razões, por respeito à coletividade; e qualquer outra vertente, senão o da intimidade, faz do sexo uma publicação obscena, inútil e barato!
Para encerrar aquilo que nem sempre pode ser encerrado, digo que o sexo jamais será pecado, quando a pessoa tiver percorrido todas as camadas da pirâmide de Maslow, do topo a base; e conseguir se enxergar como alguém concretizado, despido de superstições, travestido apenas de uma fina camada de vidro que se quebra quando é tocada por outrem maliciosa ao ponto de criar improbidades ao redor de um tópico que deveria só gerar o prazer do fruto elementar do bom sexo, o orgasmo!
Tenho que encerrar o texto o mais breve possível, porque sinto agora uma necessidade enorme de beber um café, para quem sabe, ter ideias do que fazer em mais alguns instantes...
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
Por mais que desejemos que não seja, esse tema será sempre um tabu! Quando aliamos o sexo a uma necessidade fisiológica, aos olhos da igreja o ato será sempre culposo, relacionado ao pecado da carne, a lascívia que estará sempre relacionada aos prazeres da carne, nunca da alma, como está escrito na carta de Gálatas 5:18...: “Contudo, se sois guiados pelo Espírito, já não estais subjugados pela Lei. 19 Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; 20 idolatrias e feitiçarias; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e ….”
Então praticar sexo sem amor é uma necessidade ou um pecado? A bíblia segue pondo o sexo sem amor como um grave pecado. Em Mateus 15:19 diz: “Porque do coração é que procedem os maus intentos, homicídios, ADULTÉRIOS, IMORALIDADES, roubos, falsos testemunhos, calúnias, blasfêmias”. E se continuarmos uma vasculha moral com ênfase nas escrituras sagradas, vamos encontrar mais relações em Romanos, Coríntios, Colossenses, Hebreus, Apocalipse, Marcos, Ezequiel, Efésios, Timóteo, Tito, Tiago, Pedro, João e até em Salmos, quando no Capítulo 17, Versículo 4, está escrito: “...como costuma agir a humanidade. Eu observei a palavra dos teus lábios e evitei o caminho dos maldosos”!
Mas então será mesmo um pecado de graves consequências para o espirito, sentir a necessidade de praticar o sexo, mas sem a necessidade da outra parte estar ligada ao casamento? Em cada uma das interpretações bíblicas, no mínimo você vai se sentir culpado, no máximo, condenado ao castigo mais doloroso que há no inferno.
O psicólogo estadunidense Abraham Maslow, talvez no seu estudo mais célebre, classificou os graus de necessidades humanas. Ele criou uma pirâmide com cinco camadas, sendo que no topo estão as necessidades da REALIZAÇÃO PESSOAL: moralidade, criatividade, espontaneidade, solução de problemas, ausência de preconceito e aceitação dos fatos. Abaixo está a camada nas necessidades da ESTIMA: autoestima, confiança, conquista, respeito dos outros, respeito aos outros.
Segue na pirâmide das necessidades humanas a camada seguinte, do AMOR e RELACIONAMENTO, onde Maslow deixa bem claro que amor e relacionamento estão diretamente ligados, havendo, todavia, a necessidade de existir os pressupostos da ‘amizade’, ‘família’ e ‘INTIMIDADE SEXUAL’. É fácil interpretar que em seus estudos, Maslow não classificou o amor universal, mas o amor carnal, quando duas pessoas distintas entendem que podem viver juntas por um objetivo único, a formação de uma família. Então se entende que todo aquele que nutra a necessidade de formar uma família, precisa nutrir também necessidade da amizade e intimidade sexual, caso em contrário, não é família e sim um negócio mercantilista.
Na penúltima camada da pirâmide de necessidades, há a SEGURANÇA, quando todos nós sentimos obrigação de promover a segurança do corpo, do emprego, dos recursos para a subsistência. Voltam nessa camada necessidades já vistas, como moralidade, família, saúde e prosperidade.
A mais polêmica camada, na base da pirâmide de Maslow encontra-se às necessidades as quais ninguém (em tese) consegue sobreviver sem elas, são as nossas NECESSIDADES FISIOLÓGICAS: respiração, comida, água, sono, homeostase, excreção e sexo!
Óbvio que superficialmente falando, todo ser humano precisa: respirar, comer, beber água, dormir, manter-se equilibrado e expulsar os excessos do corpo (dejetos) para não sucumbir, e o mais interessante é que o sexo é qualificado como uma necessidade básica. Pela tese de Maslow, o ser humano que não pratica sexo, morre!
Muito embora a medicina enxergue somente os ícones da digestão, excreção, respiração e circulação como sendo fisiologia humana, não se pode rechaçar a ideologia de que o ser humano sente ‘sim’ a precisão de exercitar o sexo, mesmo que em completa solidão! Que alguns não praticam e vivem perfeitamente sem isso, é óbvio que também é crível do ponto de vista humano, e inegável, que a humanidade pratica sexo, seja numa frequência de menor ou maior ocasião, desde que o Mundo é Mundo!
Mas como se pode praticar sexo como uma necessidade fisiológica sem afetar os preceitos do amor? A prática do sexo não está relacionada ao prazer? – Exatamente! É o prazer a mola propulsora dessa necessidade disfarçada de pecado. Todo corpo atende aos estímulos mecânicos externos, combinados com estímulos naturais; e isso gera no cérebro, de modo involuntário, uma conveniência imperativa de externar aquela sensação de prazer!
Fala-se que essa contenção explode muitas vezes pelas vias criminais, mas isso é outra etapa dos estudos psiquiátricos; porque como eu citei, a pessoa que não tem um parceiro e se sente forçosamente na iminência de praticar sexo, pode perfeitamente resolver a questão sozinha!
Preciso deixar claro que qualquer tipo de tentativa de prática de sexo com outras pessoas sem a acedência absoluta e inquestionável do outro adulto, é crime gravíssimo na maioria dos códigos penais do Mundo; e se isso for com menores de idade, a existência criminal é ainda mais grave. Portanto, jamais se deve imaginar ou buscar o prazer com menores de idade ou forçosamente com adultos, para se afastar qualquer suscitação de estupro, pedofilia e questões análogas.
Pelo lado filosófico, no campo da coletividade, não há qualquer alicerce que consiga manter a evolução humana sem que haja a prática evolutiva de sexo. Mas e quando o tema parte para o campo individual, será que o ser humano consegue resistir a qualquer incitação sexual?
Se para muitos o sexo sem amor é o maior pecado, para alguns isso é perfeitamente possível e inteligível, sem que haja um só rompimento de questão ética; e isso acontece, porque algumas pessoas encaram a prática sexual não compulsiva, como uma necessidade esporádica fisiológica; ou seja, a cabeça cria uma circunstância, o corpo atende aos estímulos e a alma programa o surgimento do prazer.
É muito fácil, muito seguro e possivelmente simples, desde que cada indivíduo que sinta essa necessidade, busque controladamente satisfazê-la de forma solitária, ou ainda exista disponível e também desejando, um parceiro que o ajude a satisfazer a necessidade!
Uma pessoa quando nasce sem os braços ou os perde na dura batalha da vida, precisará eternamente de auxílio de outras pessoas para manter-se vivo, ou terá que desenvolver técnicas sobre-humanas para tal. No sexo há um encadeamento muito equivalente, somente oposto! O ser humano que sente a necessidade de praticar sexo, primeiramente busca o parceiro, mas quando esse parceiro não existe, está distante ou não é ético haver, qual outro recurso dispõe o ser humano para concluir a questão, senão o sexo solitário?
Chegando nesse ponto da discussão, deixo a pergunta: Qual foi o pecado de Eva e Adão? O fruto proibido é mais uma metáfora bíblica, sem dúvida; mas esse fruto proibido, o que era senão o incesto? Naquele Mundo descrito em Gênesis, primeiro veio Adão, depois Eva. Assim como na Lagoa Azul, eles evoluíram e se descobriram homem e mulher, então veio o sexo e desse sexo sagrado vieram os filhos; os mais famosos, Abel e Caim, mas tiveram outros como Luluva, Sete e Aclia. Para essa primeira família se procriar, não poderia haver outro método, senão o sexo entre os pais, entre os irmãos, e entre os pais e os filhos, onde se explica talvez, a presença do fruto proibido! Nascia então o sexo como tabu e como pecado...
O Mundo enxerga o sexo sem amor como promiscuo e sujo, mas há sociedades em que isso sequer é ventilado, portanto a questão da prática da prática do sexo deve ser pessoal e indiscutível, assim como já fazemos com outras questões como a prática religiosa e atualmente, até ideologia de gênero.
Eu jamais enxergarei a prática de sexo sem o laço amoroso como sendo algo repugnante! A pessoa que busca a satisfação do seu desejo carnal e encontra outra que se acople no mesmo exemplo é algo digno de solenidade! Por outro lado, quando não temos a disponibilidade de um parceiro que se ajuste ao nosso desejo, não há mal algum em haver prática de sexo exclusivo, pessoal, indiscutivelmente tanto quanto prazeroso, como o é a dois, a três, a mais ou a menos...
Mais do que veraz é garantir que sem uma ‘cabeça legal’ não haverá nunca ‘sexo legal’. Sozinho ou acompanhado, a cabeça precisa estar cheia de boas emoções, bons pensamentos, respirando bons ares, para que o resultado seja o bom prazer! Sexo sem amor, claro que é possível, mas sem carinho, a meu ver, lembra abuso, constrangimento, delírio na forma de doença, dá medo!
E nessa de abranger o sexo, também como necessidade fisiológica, há quem associe a prostituição, como forma de contentamento dessa julgada necessidade. Quem expõe cobiça de vende o prazer através da prática do sexo, indiscutivelmente está inserido num negócio diferente dos demais, mas tão mercantilista quanto. E nesse caso, sem os olhos das paixões, tanto quem vende, quanto quem compra, pratica nada mais, nada menos, do que o mesmo ato dos que estão casados, ou há algo de diferente, senão a ausência de amor e convenção familiar?
Nessas tantas estradas da vida, eu já vivi suficientemente para ver situações das mais marcadas em relação a amor e sexo. Muito além das más traçadas linhas acadêmicas, tive a satisfação de vivenciar questões de tabus, como também, estive plantado, direta ou indiretamente, em laboratórios de sensações humanas, que me fizeram ver, aprender e respeitar cada opinião, cada caminho seguido pelos mais diferentes protagonistas dessas fantasias sexuais; e por assim afirmar, repito que sexo a dois é maravilhoso quando é maravilhoso para ambos. Sexo solitário também é maravilhoso, quando ele vale pela satisfação dupla.
O sexo em qualquer das suas nuances não precisaria apresentar divulgação, por se tratar de algo reservado aos que o submete a uma causa pessoal. Praticado seja por quem for, entre casais, amigos, desconhecidos ou sozinho, a necessidade de vê-lo sob o aspecto da intimidade perfaz-se, dentre outras razões, por respeito à coletividade; e qualquer outra vertente, senão o da intimidade, faz do sexo uma publicação obscena, inútil e barato!
Para encerrar aquilo que nem sempre pode ser encerrado, digo que o sexo jamais será pecado, quando a pessoa tiver percorrido todas as camadas da pirâmide de Maslow, do topo a base; e conseguir se enxergar como alguém concretizado, despido de superstições, travestido apenas de uma fina camada de vidro que se quebra quando é tocada por outrem maliciosa ao ponto de criar improbidades ao redor de um tópico que deveria só gerar o prazer do fruto elementar do bom sexo, o orgasmo!
Tenho que encerrar o texto o mais breve possível, porque sinto agora uma necessidade enorme de beber um café, para quem sabe, ter ideias do que fazer em mais alguns instantes...
Carlos Henrique Mascarenhas Pires