Porque repelir o aborto
PORQUE REPELIR O ABORTO
Miguel Carqueija
É uma das grandes inversões morais de nosso tempo a maneira como se apresenta a luta em prol do aborto: como defesa dos direitos femininos, como posição progressista ou liberal (dando-se ao termo “liberal” uma conotação elogiosa e não xingatória como seria certo), como um avanço social. E os adversários do feticídio, isto é, nós outros, são apresentados como inimigos da liberdade, retrógrados e hipócritas.
Deixe-me contar um fato bastante elucidativo. Em operações de aborto com bebês já desenvolvidos, nos Estados Unidos, pode-se ouvir a seguinte pergunta nos diálogos da equipe cirúrgica: “O número 1 já saiu?” O que vocês acham que é o “número 1”? Pasmem: é a cabeça do bebê! E depois dizem que nós, os pró-vida, é que somos hipócritas! Portanto vamos analisar o que realmente ocorre com o aborto, as implicações sobre as quais pesa uma conspiração de silêncio.
Quando os obstetras puxam a criança para fora do organismo da mãe ao fim do trabalho de parto, só se estivessem bêbados poderiam achar que a vida daquele ser começara naquele momento. Certamente, dado o grau de complexidade orgânica de um bebê partejado, não há como negar todo um processo vital anterior. Ora, o ponto lógico e evidente, que marca o início da trajetória individual, é o encontro do espermatozoide com o óvulo, formando o zigoto. Aí se encontra plenamente identificada uma pessoa humana, aí está o código genético, único em todo o universo. Ora, com o início da vida começa também o direito à vida. O contrário seria extrema crueldade, seria admitir a pena de morte para inocentes.
E o feticídio é tão cruel que costuma ser acompanhado por requintes espantosos. Aconteceu no Brasil: certa jovem grávida foi a um abortório, sentiu-se mal e passou no banheiro. Lá viu uma “coisa” num vasilhame qualquer. Perguntou a uma funcionária o que era aquilo. Resposta: “É o que vamos tirar de você”. Então ela perguntou o que faziam com “aquilo”. A mulher chamou-a à varanda, mostrou um cão de fila no quintal e disse: “Nós damos para ele comer”. A garota, extremamente chocada, desistiu de abortar e deixou a criança viver.
E por que, em torno da indústria abortivo, é tudo nojento e sombrio? O Dr. Bernard Nathanson — que em tempos foi o “rei do aborto” nos Estados Unidos e depois se arrependeu amargamente — denunciou em seu vídeo “O grito silencioso”: depois que o feticídio foi legalizado nos Estados Unidos as clínicas especializadas foram se alastrando naquele país, como se fossem rede de supermercados, e caindo cada vez mais nas mãos do crime sindicalizado (leia-se gangsters).
E na Inglaterra dos anos 70, conforme Michael Litchfield e Susan Kentish (“Bebês para queimar: a indústria do aborto na Inglaterra”), era comum encontrar, nas salas de espera dos abortórios, literatura nazista (como o livro “O sonho de Hitler”), fenômeno que provavelmente ainda hoje ocorre, pois salta aos olhos que a mentalidade nazista se identifica com o aborto.
Cabe, pois, insistir na questão: se o aborto é bom, como querem fazer crer, por que tudo ao seu redor é hediondo, torpe e infame?
(Artigo originalmente publicado no jornal “Tribuna da Imprensa”, do Rio de Janeiro, em 7 de novembro de 1997)
imagem pixabay
PORQUE REPELIR O ABORTO
Miguel Carqueija
É uma das grandes inversões morais de nosso tempo a maneira como se apresenta a luta em prol do aborto: como defesa dos direitos femininos, como posição progressista ou liberal (dando-se ao termo “liberal” uma conotação elogiosa e não xingatória como seria certo), como um avanço social. E os adversários do feticídio, isto é, nós outros, são apresentados como inimigos da liberdade, retrógrados e hipócritas.
Deixe-me contar um fato bastante elucidativo. Em operações de aborto com bebês já desenvolvidos, nos Estados Unidos, pode-se ouvir a seguinte pergunta nos diálogos da equipe cirúrgica: “O número 1 já saiu?” O que vocês acham que é o “número 1”? Pasmem: é a cabeça do bebê! E depois dizem que nós, os pró-vida, é que somos hipócritas! Portanto vamos analisar o que realmente ocorre com o aborto, as implicações sobre as quais pesa uma conspiração de silêncio.
Quando os obstetras puxam a criança para fora do organismo da mãe ao fim do trabalho de parto, só se estivessem bêbados poderiam achar que a vida daquele ser começara naquele momento. Certamente, dado o grau de complexidade orgânica de um bebê partejado, não há como negar todo um processo vital anterior. Ora, o ponto lógico e evidente, que marca o início da trajetória individual, é o encontro do espermatozoide com o óvulo, formando o zigoto. Aí se encontra plenamente identificada uma pessoa humana, aí está o código genético, único em todo o universo. Ora, com o início da vida começa também o direito à vida. O contrário seria extrema crueldade, seria admitir a pena de morte para inocentes.
E o feticídio é tão cruel que costuma ser acompanhado por requintes espantosos. Aconteceu no Brasil: certa jovem grávida foi a um abortório, sentiu-se mal e passou no banheiro. Lá viu uma “coisa” num vasilhame qualquer. Perguntou a uma funcionária o que era aquilo. Resposta: “É o que vamos tirar de você”. Então ela perguntou o que faziam com “aquilo”. A mulher chamou-a à varanda, mostrou um cão de fila no quintal e disse: “Nós damos para ele comer”. A garota, extremamente chocada, desistiu de abortar e deixou a criança viver.
E por que, em torno da indústria abortivo, é tudo nojento e sombrio? O Dr. Bernard Nathanson — que em tempos foi o “rei do aborto” nos Estados Unidos e depois se arrependeu amargamente — denunciou em seu vídeo “O grito silencioso”: depois que o feticídio foi legalizado nos Estados Unidos as clínicas especializadas foram se alastrando naquele país, como se fossem rede de supermercados, e caindo cada vez mais nas mãos do crime sindicalizado (leia-se gangsters).
E na Inglaterra dos anos 70, conforme Michael Litchfield e Susan Kentish (“Bebês para queimar: a indústria do aborto na Inglaterra”), era comum encontrar, nas salas de espera dos abortórios, literatura nazista (como o livro “O sonho de Hitler”), fenômeno que provavelmente ainda hoje ocorre, pois salta aos olhos que a mentalidade nazista se identifica com o aborto.
Cabe, pois, insistir na questão: se o aborto é bom, como querem fazer crer, por que tudo ao seu redor é hediondo, torpe e infame?
(Artigo originalmente publicado no jornal “Tribuna da Imprensa”, do Rio de Janeiro, em 7 de novembro de 1997)
imagem pixabay