Que mulher é essa?

Hoje tirei um tempo para reler Cantares de Salomão. Como é gostoso ler esse romance. O fino trato a mulher é encantador. Ele fala da sua beleza física de uma elegância tão grande que você sorri sozinha ao ler e se imagina ouvindo o mesmo.

Quando leio Cantares eu começo a pensar na mulher dando ter minha época. Somos a geração que ganhou espaço, ganhou voz e perdeu o trato e perdeu a si mesma.

O que mais você houve da boca de uma mulher de 40 é: estou cansada e perdida.

Estamos cansadas de como nos deixamos ser tratadas e perdidas em escolhas que hoje não valem a pena.

Vamos caminhar um pouco pela música por exemplo. Nossa geração não canta mais para a mulher, eles cantam contra a mulher.

Uma mulher cantando que ela é cachorra. Onde se viu isso. Cantar que ela é safada. Não dá pra entender. Que direito é esse de se denegrir e ainda se achar poderosa por isso.

Não consigo me imaginar nessas canções. Não sou, não quero ser e jamais serei objeto de prazer de alguém. Sou uma mulher que me amo e assim Quero ser tratada e retratada.

A música é para nos encantar não para nos destruir. Esses autores tem meu repúdio e desejo de mudança de mentalidade.

Como os homens vão nos valorizar se nós mesmas esquecemos isso. Não quero esse poder. Não quero ser igualado ao homem. Não tenho a mesma força nem a mesma estrutura emocional ou física.

Ser feminina é muito melhor que qualquer outra escolha.

Direitos são muito importantes. Mas esse direito não pode me destruir como mulher.

Que mulher é essa que estamos vendo que você não consegue nem dicernir quem é de longe. Porque ela também não se conhece.

Estamos cansadas de uma vida sem objetivo reais. Sem essa fantasia louca que somos livres. Sim podemos ser livres não libertinas.

Podemos dirigir, trabalhar ser mãe ou não e ser livre. Livre dessas músicas que nos levam a estaca zero de valor. Livre de homens que querem só seu corpo e não você. Livre de humilhações que te diminuem e te marcam.

Tá na hora da mulher levantar a cabeça e ir contra tudo que nos denigre como mulheres especiais que somos. Nossa fragilidade não é nossa fraqueza. E sim nossa força para vencer.

Chega de mulheres descendo até o chão em canções eróticas para satisfazer homens que nem em sonhos te querem bem.

Somos mais, podemos mais e temos que querer mais da vida. Nossa evolução parece que foi ao contrário. Estamos nos denegrindo. Precisamos voltar a crescer de forma saudável e exemplar.

Pra frente mulheres, somos guerreiras, valentes e princesas no fino trato. Queremos parceria para juntos avançar. Nada de abusos nem de degradação.

Até a próxima...

Leticia Carrijo
Enviado por Leticia Carrijo em 03/10/2018
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