GENEALOGIA NEGADA
Existem decisões que precisariam ser analisadas de todos os ângulos para evitar embaraços futuros no envolvimento social e familiar entre pessoas onde, para tentar entender, três são responsáveis pelo destino de um quarto ser vivo e mais adiante dois seriam responsáveis pelo destino de um terceiro que seria no futuro injustiçado em sua genealogia. Explico: Um casal, impossibilitado de ter filhos busca o consentimento de uma mãe que ao gerar o filho em um processo conhecido por barriga de aluguel torna isso possível. (tudo planejado desde o princípio). Toda forma de vinda ao mundo é válida e gerar uma vida é sempre uma dádiva divina, devendo por isso todos serem parabenizados, até porque querem o bem estar desta vida que como foi citado, e uma vida planejada. Certamente que sabemos que o destino de cada um é imutável.
Um detalhe, contudo invade gerações futuras do recém-nascido ignorando as passadas, pois este veio de uma ancestralidade que só Deus sabe as quantas retroage e vem a ser de importância vital até para a historia de um povo. É quando se omite a mãe de alguém a partir dali, negando o direito ao novo ser vivente de saber de onde veio sua árvore genealógica e mais torná-la esquecida nas gerações futuras.
Muitas famílias ocultam isso. Um acobertamento definitivo de uma mãe biológica que veio de uma família, que tem ramificações genealógicas é uma crueldade com alguém nascido desta que no mínimo merece saber quem seria sua mãe e a partir dela sua linha ascendente dotando-o de legitimidade para comprovar ser deste e não daquele sangue, mantendo o respeito e transparência, mostrando que mais do realizar a vontade de ter filhos de forma adotiva, esta nova família reconhece a anterior ainda que não se relacionem de modo algum.
A criança que irá tornar-se um adulto que optarem por tornar mães de alguém página virada diversas versões, mas a curiosidade nunca morre nela. E quando a insistência for maior poderá ouvir dois pais adotivos, (os quais, aliás, não devem ser confundidos com aqueles pais que adotam em outras circunstâncias, estamos falando apenas de barrigão de aluguel atendo-se somente ao fato de renegarem sua origem) que vive uma vida melhor por causa da adoção. Mas nunca será a ela perguntado se a vida que viveria seria pior ou se via de mão dupla quem é do sangue dela precisaria de ajuda ou poderia ajudá-la na manutenção da árvore genealógica. Resumindo: renegar ascendências nunca foi uma forma de respeitar a individualidade de quem embora concorresse para a vinda de alguém ao mundo não o fez pela vontade do novo ser, de uma forma global mas sim a partir do interesse de uma constituição familiar limitada ao ego de duas pessoas as quais querendo ou não responsáveis por uma terceira.
Inseminações, adoções e outras situações não cabem nesse contexto e somente barrigas de aluguel onde mães deixam de ser mãe ao saírem definitivamente da vida de um filho recém nascido, cedendo-o, em alguns casos amparados por efeitos legais a uma família por arranjos venais