7 Lições que trago do Fundo do Poço

7 lições que trago do fundo do poço

Resolvi escrever sobre o lugar mais indesejável de todos: fundo do poço (quer dizer o segundo, perde apenas pra casa da sogra..kkkk...brincadeira).

Mas falar sobre estar no fundo do poço não é algo muito fácil. Devemos abrir mão do orgulho quando estamos nele e expor algumas cicatrizes que queremos esconder, para manter a aparência de indestrutível.

E talvez essa vã tentativa que atrapalha ainda mais enfrentar o desafio e transformar o fundo do poço no melhor lugar para se estar.

Exatamente. Eu convido a todos a visitarem o fundo do poço um dia, mas vão sozinhos. Sem companhia, pra curtirem essa grande viagem pra baixo!

Seguem abaixo 7 lições que tirei:

1 - Sair da zona de conforto

Talvez todos tenham que sair dela um dia. Não existe alguém bem sucedido em âmbito profissional ou pessoal que se mantenha confortável no ninho que criou pra si mesmo. Os próprios animais nos ensinam sempre isso. Somos pássaros (sem asas, é claro) mas sim: fomos criados para alçar grandes voos. Só que os voos são turbulentos, logo, iremos cair de vez em quando.

2- Aprender a cair

"Caiu mas caiu em pé". Sempre ouvi essa frase (no futebol e no mundo corporativo também), mas não entendia muito bem se ela realmente ajudava a pessoa no processo da queda. Sintia resquício de orgulho. E após a queda, se mantivermos nosso orgulho, iremos ter excesso de bagagem, que irá atrapalhar o alçar voo novamente.

Nós não sabemos cair. Simplesmente aprendemos a cair, quando a queda já está ocorrendo. Ninguém que tenta alçar voo tem intenção de cair, no entanto, quando nos percebemos em queda, quanto mais rápido agirmos para o aprendizado, a queda trará menos estragos.

3 - Curtir o fundo do poço

Ta aí um tremendo desafio. Como assim curtir algo que nos deixa em pedaços? Que nos causou dor?

O importante nessa fase é o mental. "O poder da mente, não mente". Criei essa frase há anos, quando ainda era universitário e só agora mais de 10 anos após me formar, fui entendê-la de fato.

A mente nos trai. Todos os dias. Mas ela nos trai porque somos infiéis também. Não nos fidelizamos. E não somos fiéis a Deus.

Nessa fase DEVEMOS ser o nosso melhor amigo. Fechar a casinha pra balanço e não ter vergonha de deixar a plaquinha na porta, para os desavisados.

Aqui, no entanto, também devemos exercitar a gratidão. A reclamação nos enterra ainda mais e dificulta os próximos passos.

4 - Estudar

Essa fase é imprescindível. Chegamos num momento em que estamos dispostos a inciar uma nova decolagem. Mas decolar com remendos, só fará cairmos novamente e de uma forma mais dolorida. Devemos estudar. A nós mesmos, aos outros, a Deus. Estudar tudo que fará com que elevemos nosso nível intelectual, moral e espiritual.

5 - Testes

Inove. Faça coisas novas, que jamais pensou ser capaz de fazer, mas que de alguma forma, não para de passar na cabeça.

É a fase de "meter o loko". Se aventurar. Os testes são simulações (todo voo exige uma simulação anterior).

E anote tudo. Tudo o que sentiu. Tudo o que gostaria de ter sentido e não sentiu. Faça novas amizades e fale pouco sobre suas dores e sim sobre projetos e novas idéias.

6 - Voe.

Talvez vocês devem estar achando estranho. Afinal, não deveria esse ser o último passo. Pra alguns pode ser que seja. Mas acredito que a experiência de voo pode ser ainda melhor, no próximo passo.

Voe. Sinta o vento novamente. Saia de casa, curta o mundo. Voe até parado. Se parar, só se for pra abastecer (procrastinar da melhor forma).

Devemos entender que somos 1 indivíduo e que se completamos as fases anteriores, perceberemos que o pessoal e profissional estarão sempre juntos. Que tal profissionalizar a diversão e "pessoalizar" o trabalho?

Parece estranho, mas no momento em que você aplica seu sentimento numa nova área profissional ou empreendimento, você se conecta a ele de uma forma, que é como você tivesse ganhado um novo filho.

Essa minha fase foi bem interessante. Sou pai de 3 crianças. E disse para alguns amigos que o trabalho tinha se tornado divertido (sou poeta) e a diversão tava dando muito trabalho (grana curta...kkkk).

Mas comecei a dizer a mim mesmo: "quem precisa de mim é o dinheiro. E não o contrário, já que as idéias empreendedoras estão comigo."

Aqui o pensamento deve ser de abundância. Jogue a escassez pra escanteio!

Trabalhe com o pouco, mas não mentalize tanto aquilo que quer obter, sem antes conversar com Deus sobre isso. Ele sabe o que você realmente precisa. Ele enxerga muito mais além do que nossos olhos podem alcançar.

7- Desafie-se a ajudar alguém a voar.

Existem pessoas que não tiveram acesso a mesma educação que a nossa. E jamais saberão alçar voo da melhor forma. Tente criar empatia com alguém, sem o olhar preconceituoso. Sem querer enxergar apenas o vitimismo em uma pessoa em dificuldades.

Obviamente existem sim muitos vitimistas. Mas procure não rotular, julgar e (pior) condenar ninguém.

Cada um vive situações que jamais entenderemos profundamente.

Mas procure as pessoas e explique que elas devem estar dispostas a voarem sozinhas. Que você as ajudará na decolagem e quando precisarem de uma manutenção.

Mas não assumam a pilotagem de outras pessoas. Não faz sentido. Caso faça isso, teremos 2 aviões em queda livre novamente!

Espero ter ajudado com essa reflexão. Amo voar comigo mesmo e hoje consigo compreender tudo ao meu redor da melhor forma.

Agora eu estou voando e curtindo uma das melhores viagens da minha vida!!

Abraço pessoal!

Leandrowski

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Poeta Leandrowski
Enviado por Poeta Leandrowski em 16/08/2018
Código do texto: T6420361
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