26 de Julho. Dia Mundial dos Avós: um convite à reflexão sobre o papel dos (as) avós na família.
O dia 26 de Julho foi escolhido pelo Papa Paulo VI para homenagear Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria Santíssima, Mãe de Jesus. Trata-se de uma data comemorativa da Igreja Católica, mas que se disseminou por toda a sociedade. Ana e Joaquim foram canonizados pelo Papa Gregório VIII, no dia 26 de julho de 1584, por serem os avós de Jesus Cristo e pelo milagre do nascimento de Maria. O santo casal vivia em Nazaré e como não conseguia ter filhos, rezava dia e noite pedindo ao Senhor que lhes enviasse uma criança. E Maria nasceu, pela Graça de Deus, quando Ana e Joaquim já estavam em idade avançada. Por esta razão Santa Ana é considerada a Padroeira das mulheres grávidas e das que querem engravidar. E juntamente com seu esposo São Joaquim foram instituídos os Padroeiros dos avôs e das avós pela Igreja Católica. Mas nem todo avô e nem toda avó são idosos(as). Para alguns, essa graça chega antes do 40 anos de idade. Sim, trata-se de uma graça. Afinal, quem discordará que ser avó ou avô é ser mãe ou pai pela segunda vez? Se uma mãe abandona um filho, uma avó não abandona um neto. Ser avô é amar sem medida, sem o receio do porvir. É tornar-se cúmplice das travessuras infantis, ser travesso juntos. Ah, como é bom ser criança de novo. Esse é um privilégio dos(as) avós, não importa a idade. Mas essa data comemorativa do Dia Mundial dos Avós também nos convida à reflexão sobre o papel dos(as) avós, em preservar e carregar a memória de cada família. Suas alegrias, tristezas, desafios, superações. Quanto mais longevos(as), mais sábios(as), principalmente quando a Fé em Deus fundamenta suas experiências de vida, tornando mais frutuoso o seu papel no seio da família. Com efeito, nos lares onde os avós são protagonistas na formação dos netos, os laços afetivos são mais fortes e o sentimento de pertencimento e comprometimento familiar dos jovens e adolescentes mais aflorados. Mas nem sempre é assim. Por vezes, as pessoas idosas são tristemente esquecidas, descartadas por seus familiares, e toda essa sabedoria é desperdiçada, menosprezada. Quantos avôs e quantas avós passarão o seu dia solitários(as), ou em algum asilo não muito próximo da casa de seus familiares? Quantos serão visitados? O Papa Francisco tem sido recorrente para com essa questão, exortando a humanidade a cuidar com carinho das pessoas idosas. O Papa João Paulo II, em seu leito de morte, pediu: “Que cada comunidade acompanhe com compreensão amorosa todos os que envelhecem”. Que esse dia 26 de Julho também sirva para sociedade pensar sobre o modo como trata seus vovôs e suas vovós. Será que lhes têm dado a atenção devida? Será que há diálogo Inter geracional? O que poderia ser feito para estreitar esse diálogo? Que Santa Ana e São Joaquim iluminem a todos nós na construção de respostas positivas para questões tão cruciais. Que o dia 26 de Julho seja de alegria para todos os vovôs e todas as vovós, do mundo todo e especialmente de nossa Arquidiocese . Que assim seja!