Irracionalidade
Na época de Pitágoras, os Gregos perceberam que a matemática, e a verdade eram parâmetros, que estabeleciam o conceito de beleza, nas artes e na arquitetura.
Quando descobriram números imperfeitos, que não podiam ser restabelecidos, pela soma das suas divisões, lhes denominaram irracionais.
Aqueles números, não serviriam como parâmetros para a harmonia, abalariam os preceitos, e por isso, não deveriam ser revelados. Um dos discípulos de Pitágoras foi assassinado pela irmandade, por pretender divulgar o segredo.
Assim parecem-me alguns humanos irrecuperáveis, que não poderia denominá-los, e muito menos considerá-los racionais. Por isso não se pode permitir, que se imponham como parâmetros, para a harmonia na sociedade.
Alguns números são tão perfeitos, que quando subdivididos chegam à unidade, e deles nasceu a lógica digital, e os computadores, que um dia chegarão á inteligência artificial, talvez mais racional, que a consciência de alguns humanos.
Tudo começou com o número dois, passando aos hexa decimais, com processamento em dezesseis bits, o sonho dos programadores da época. Hoje o processamento em sessenta e quatro bits é algo comum.
Os humanos racionais iluminam o mundo, e orientam na viagem pela vida, sempre em harmonia, e múltiplos da Unidade, certamente Deus, de onde eles vieram, e para onde voltarão.
Computadores competem, para encontrar o maior número de algarismos, nos números irracionais. Buscando no infinitamente pequeno, aproximar-se da exatidão.
Humanos teimam em recuperar irracionais, unicamente por assemelharem-se fisicamente com os racionais. Parecem mais interessados, em satisfazer o ego e a teimosia, que num mundo melhor.
Assim como a matemática e a verdade, eram na antiga Grécia, parâmetros para a beleza, também deveria se estabelecer parâmetros, para considerar um humano como racional, e não apenas por ser ele, parte de uma raça, que num momento da sua história, manifestou o seu egocentrismo, ao considerar-se racional e superior, sem distinção entre eles.
Os humanos se auto-avaliam, e se auto-consideram, atendendo aos seus interesses, e pelo recurso da fala, podem fazer a verdade parecer mentira, e a mentira parecer verdade.
Cada vez tornam mais tênue, a separação da normalidade, e da anormalidade. Da verdade e da mentira. Da honestidade e da desonestidade.
No comércio mostram os preços como ".99", apenas para enganar. A irracionalidade tornou-se comum e tolerada.
Na rodovia escrevem no painel: "Dez dias sem mortes neste trecho." Como se não ocorrer mortes, fosse algo excepcional. Apenas a anormalidade, deveria ser considerada atípica, e inusitada, em vez de banalizarem a irracionalidade.
Talvez a vida se complete com os irracionais, assim como a matemática, mas os racionais deveriam tolerá-los, apenas com os algarismos, que sejam significativos, e arredondá-los sempre que se fizer necessário.
Acioly Netto - www.guiadiscover.com