O Voo do Pensamento
“Ler é evitar que a alma enfarte”
Jorge de Souza Araújo
Jorge de Souza Araújo
Ler e refletir.
Ver o mundo com o olhar do pensamento é querer compreender tempos diversos, em que a vida se elabora em encantos e desencantos e se insinua em projetos futuros, na esperança de realizar conquistas, momentos em que as sinuosas trajetórias de viver se suavizam.
Ler é realizar movimento de interação com o mundo, almejando revelar e entender sentidos presentes em espaços e tempos diversos, configurados em gestos e feitos, em jeitos de atuar e de ser.
Refletir é dominar conteúdos e perceber intenções e finalidades que se formam na composição dessa teia social de um mundo que nos abraça, para permitir conhecer e agir.
Ler e refletir, nesse sentido, equivale a pensar.
A ação do pensamento é mais do que simplesmente desvendar mistérios, compreender as coisas ao delinear suas funções. Pensar é, sobretudo, conhecer melhor a nós mesmos, em resposta às posições que somos levados a tomar sobre nossas vidas, decidindo sobre o belo e o feio, o bom e o mau, sobre virtudes e malefícios, sobre o que fazer ou desistir, pois, o mundo que emerge das vivências sociais é para nossa contemplação e proveito.
Nesta aventura de viver nos envolvemos com multiplicidade de teorias e visões, percebemos modos de indagar sobre a vida que vivemos nesse exercício de ler o mundo e refletir sobre ele, numa espécie de teimosia de não aceitar as coisas como óbvias, inquirindo o mundo como se nunca o tivéssemos visto antes.
Assim, a proposta para uma vida vibrante seria auscultar o mundo ao nosso redor, as coisas do agora ou de outros momentos, de lugares próximos e distantes. A esperança é navegar em águas calmas, localizando caminhos novos e novas fronteiras que possibilitem abrir um mundo novo de leituras e reflexões.
Esse mundo novo está na vida, nesse universo aberto ao olhar de quem deseja ver e está nos textos de diferentes autores.
O mundo do texto é uma espécie de reprodução desse movimento da sociedade construída ao longo dos tempos. Esse mundo textualizado é uma espécie de representação daquilo que foi a vida ativa dos homens na sociedade, agora configurada em linguagem escrita, em códigos instituídos dentro do mesmo movimento que faz a vida ser ação.
Nesse sentido, pode-se afirmar que um texto não pertence à esfera exclusiva de uma subjetividade autônoma do autor, tanto que, na leitura de um texto, não se deve buscar o autor, mas aquilo que se falou: o mundo revelado em acontecimentos e significados. Por isso mesmo, o texto se sustenta não mais no autor, mas no seu valor de verdade, na sua pretensão de atingir a realidade. Esse mundo textualizado é agora visto por outra experiência, a do leitor, outra subjetividade que inclui na leitura outras questões não pensadas pelo autor. É em razão disso que os textos publicados saem do domínio particular, ganham autonomia e podem ser acolhidos, rejeitados, modificados ou tomados como modelo. Agora o texto publicado é do leitor.
Na lembrança de que a palavra oral facilmente se esvaece, o arranjo que se encontrou para se resolver essa dificuldade foi a escrita. Com esse recurso do registro escrito, o discurso foi colocado ao abrigo da destruição, funcionando como memória de um tempo anterior, possibilitando ampliar o alcance de sua comunicação por muito mais tempo. O texto, desse modo, é a efetuação do discurso e sua proteção, mas, em face de sua dimensão codificada, ele se coloca ao leitor como fenômeno a ser compreendido e, à semelhança da linguagem, é, também, pura significação. O livro, assim, é a significação de um tempo posto à interpretação do leitor e, como tal, código a ser decifrado.
Em síntese, textualizar é codificar a realidade, a vida ativa dos homens. Ler é decodificar a narrativa a partir das novas experiências vividas pelo leitor. Refletir é ver na leitura a possibilidade de tomar decisões para se impedir que o mundo fique à deriva, ao sabor do acaso, pois há uma experiência anterior visualizada no estudo que pode sustentar novas ações, como um farol que ilumina caminhos.
Ver o mundo com o olhar do pensamento é querer compreender tempos diversos, em que a vida se elabora em encantos e desencantos e se insinua em projetos futuros, na esperança de realizar conquistas, momentos em que as sinuosas trajetórias de viver se suavizam.
Ler é realizar movimento de interação com o mundo, almejando revelar e entender sentidos presentes em espaços e tempos diversos, configurados em gestos e feitos, em jeitos de atuar e de ser.
Refletir é dominar conteúdos e perceber intenções e finalidades que se formam na composição dessa teia social de um mundo que nos abraça, para permitir conhecer e agir.
Ler e refletir, nesse sentido, equivale a pensar.
A ação do pensamento é mais do que simplesmente desvendar mistérios, compreender as coisas ao delinear suas funções. Pensar é, sobretudo, conhecer melhor a nós mesmos, em resposta às posições que somos levados a tomar sobre nossas vidas, decidindo sobre o belo e o feio, o bom e o mau, sobre virtudes e malefícios, sobre o que fazer ou desistir, pois, o mundo que emerge das vivências sociais é para nossa contemplação e proveito.
Nesta aventura de viver nos envolvemos com multiplicidade de teorias e visões, percebemos modos de indagar sobre a vida que vivemos nesse exercício de ler o mundo e refletir sobre ele, numa espécie de teimosia de não aceitar as coisas como óbvias, inquirindo o mundo como se nunca o tivéssemos visto antes.
Assim, a proposta para uma vida vibrante seria auscultar o mundo ao nosso redor, as coisas do agora ou de outros momentos, de lugares próximos e distantes. A esperança é navegar em águas calmas, localizando caminhos novos e novas fronteiras que possibilitem abrir um mundo novo de leituras e reflexões.
Esse mundo novo está na vida, nesse universo aberto ao olhar de quem deseja ver e está nos textos de diferentes autores.
O mundo do texto é uma espécie de reprodução desse movimento da sociedade construída ao longo dos tempos. Esse mundo textualizado é uma espécie de representação daquilo que foi a vida ativa dos homens na sociedade, agora configurada em linguagem escrita, em códigos instituídos dentro do mesmo movimento que faz a vida ser ação.
Nesse sentido, pode-se afirmar que um texto não pertence à esfera exclusiva de uma subjetividade autônoma do autor, tanto que, na leitura de um texto, não se deve buscar o autor, mas aquilo que se falou: o mundo revelado em acontecimentos e significados. Por isso mesmo, o texto se sustenta não mais no autor, mas no seu valor de verdade, na sua pretensão de atingir a realidade. Esse mundo textualizado é agora visto por outra experiência, a do leitor, outra subjetividade que inclui na leitura outras questões não pensadas pelo autor. É em razão disso que os textos publicados saem do domínio particular, ganham autonomia e podem ser acolhidos, rejeitados, modificados ou tomados como modelo. Agora o texto publicado é do leitor.
Na lembrança de que a palavra oral facilmente se esvaece, o arranjo que se encontrou para se resolver essa dificuldade foi a escrita. Com esse recurso do registro escrito, o discurso foi colocado ao abrigo da destruição, funcionando como memória de um tempo anterior, possibilitando ampliar o alcance de sua comunicação por muito mais tempo. O texto, desse modo, é a efetuação do discurso e sua proteção, mas, em face de sua dimensão codificada, ele se coloca ao leitor como fenômeno a ser compreendido e, à semelhança da linguagem, é, também, pura significação. O livro, assim, é a significação de um tempo posto à interpretação do leitor e, como tal, código a ser decifrado.
Em síntese, textualizar é codificar a realidade, a vida ativa dos homens. Ler é decodificar a narrativa a partir das novas experiências vividas pelo leitor. Refletir é ver na leitura a possibilidade de tomar decisões para se impedir que o mundo fique à deriva, ao sabor do acaso, pois há uma experiência anterior visualizada no estudo que pode sustentar novas ações, como um farol que ilumina caminhos.