AULA DOS HORRORES
            Um texto que circula na net, atribuído a Walson Sales, estudante do 5º período do curso de Licenciatura em Filosofia na UFPE, chamou minha atenção e resolvi partilhar com meus leitores para juntos refletirmos sobre a nossa educação, nossos professores...
            A aula dos horrores na UFPE
            Ontem (14-05-18), em uma aula de metodologia do Ensino de Filosofia, estava agendada a vinda de uma professora do CE (Centro de Educação da UFPE), especialista em Nietzsche e Foucault, para dar um panorama sobre Vigiar e Punir e Relações de Poder em Foucault.
            A turma de maneira geral ficou empolgada para assistir a essa aula e houve um comparecimento mais significativo (pois em média, essa aula tem uma assistência de 4 ou 5 alunos). Quando entrei, li que a aula seria sobre Fascismo por uma frase que estava no quadro. Logo fui reler esse artigo na net: https://spotniks.com/pare-de-chamar-os-outros-de-fascistas... Porque já imaginei que era uma aula previamente planejada com o intuito de doutrinar.
            Quando a aula começou, o professor titular iniciou falando sobre o Fascismo, sem dar nenhuma definição ideológica, política ou histórica do termo. Foi um início estranho. O que ele defendeu basicamente foi que existe hoje um neofascismo na mídia, na política e no sistema judiciário. Em um momento de afobação ele disparou: “vou dizer claramente o que é esse neofascismo atual, é o MBL, BOLSONARO, E O JUIZ SÉRGIO MORO”.
            Fiquei atônito ouvindo aquilo, mas ainda não disse nada. Claramente, pela definição do termo, nem o MBL, nem Bolsonaro, nem o juiz Sérgio Moro são fascistas. Esses professores esquerdinhos pensam que somos idiotas. Ele continuou sua aula falaciosa, concluindo basicamente que quem discordasse dele era um neofascista. As frases eram de efeito: “existe um neofascista dentro de cada um de nós só esperando para se manifestar”. Intenção dessa frase? Inibir os alunos de se manifestar. Se alguém já leu o livro As Roupas Novas do Imperador de Hans Christian Anderson vai perceber que o professor estava apenas usando essa tática, tipo: quem discordar de mim NÃO TEM SANGUE AZUL, é um neofascista.
            Ele então passou a fala para a professora convidada, que iniciou ali comendo pelas beiradas, meio que como se tivesse sido pega de surpresa por um ato de doutrinação tão aberto. Mas de repente ela soltou o veneno com estas palavras: “Quem aqui viu a policial militar que matou um... um... um... (talvez querendo dizer estudante ou suspeito)”, então eu disse “assaltante”, e ela, “é, isso. O assaltante que a PM matou pelas costas”. Eu disse: “não foi pelas costas, foram três tiros no peito e o assaltante atirou também. Ela estava em defesa dela e de outras pessoas e alinhada com o código penal”. Ela disse: “pois é, mas foi uma vida que se foi”, e eu disse, “olhe, se ele tivesse acordado pela manhã e procurado um caminhão pra descarregar, no pior dos cenários, pra ganhar um dinheiro honesto, ele ainda estaria vivo. O único responsável pela morte dele foi ele mesmo. Ele procurou e provocou”. Outros alunos esquerdinhas saíram em defesa do meliante: “ele é vítima da sociedade”, e eu “olha, em um bolsão de pobreza, numa favela, a grande maioria de pessoas humildes e pobres, são pessoas honestas, que trabalham e estudam duro pra se manter e que muitos saíram dessa situação por esse caminho e não indo assaltar”.
            Silêncio. Então um colega perguntou: “Professor, como diferenciar o fascismo de direita do fascismo de esquerda? No seu esquema de neofascismo não tem como diferenciar”.
            Ele retomou a palavra e explicou que o fascismo está presente na esquerda também nos estados totalitários como Hitler, Stalin, etc., mas este novo neofascismo está no Brasil por meio do MBL, Bolsonaro e do juiz Sérgio Moro, e arrematou: “UM DOS SINAIS DO FASCISMO NA HISTÓRIA, POR EXEMPLO, NO CASO DOS JUDEUS, ELES TIVERAM SEUS DIREITOS SENDO SUPRIMIDOS PARA DEPOIS SEREM MASSACRADOS E É ISTO QUE ESTÃO FAZENDO COM LULA. RETIRARAM TODOS OS DIREITOS DELE, O CONDENARAM, MESMO ELE SENDO INOCENTE”.
            Disparei: “Professor, o Sr. Ultrapassou todos os limites da decência ao comparar o que está acontecendo com o Lula condenado por corrupção com a morte de 6 milhões de judeus. Sua retórica é de moderado, mas sua assertiva é de esquerda radical. Comece explicando o fascismo conceitualmente e mostre que o MBL, Bolsonaro e o juiz Sérgio Moro são fascistas, porque, segundo a definição tanto ideológica, quanto política e histórica, eles NÃO SÃO FASCISTAS. Mas Lula roubou a nação e vai ser condenado em outros processos ainda”.
            Ele se levantou e voltou ao argumento “psicológico” dizendo (esbaforido) que o neofascismo é bem vivo e está na UFPE (uma ligação clara a minha pessoa). Eu respondi: “professor, o Sr. Não vai fazer alguém virar um fascista criando uma nova definição de fascista. Existem duas definições hoje, a histórica, que não pode ser dissociada da política e ideológica dos estados totalitários e a atual, utilizada pela esquerda, que diz que quem não é de esquerda é fascista. O Sr. Não vai me transformar em fascista seguindo esse caminho. Essa é a tática do livro As Roupas Novas do Imperador”, (um aluno me olhou nesse momento e disse: todos aqui que discordam dele são fascistas), foi aqui que a professora pediu a palavra, dizendo que havia sido interrompida (querendo dizer que fui mal educado, uma estratégia chula) e disparou a maior pérola da tarde: “OS MILICIANOS DO RIO DE JANEIRO SÃO CRENTES QUE VÃO À IGREJA E QUE ANDAM COM A BÍBLIA”. Respondi prontamente: “não acredito nisso pelo simples fato de que a senhora não pode provar. Essa afirmação é vaga e vazia”.
            Ela, voltou a falar de forma vaga, já mudando de assunto, enrolando e foi a hora que tive que sair pra buscar minha filha.
            Tive a oportunidade de dizer que Lula era ladrão, mas não tive a oportunidade de dizer que Foucault e Nietzsche são dois loucos que defenderam ideologias utópicas. Mas isso fica pra próxima oportunidade.
            Não se intimide por discursos falaciosos, que tentam atingir o seu psicológico. Fale a verdade, se posicione, pois, a ideologia da esquerda está falida.
            Poderia falar outras coisas que aconteceram, pois a aula ficou tumultuada, mas minha intenção é mostrar como a esquerda está desesperada.
            O Brasil não aguenta mais, ou a esquerda acaba com o Brasil ou o Brasil acaba com a esquerda. 
            Eis um fato que mostra com transparência o que a esquerda fez e ainda está fazendo no Brasil: doutrinando descaradamente nas escolas, inclusive de nível superior, como se todos fossem ignorantes, débeis mentais que não pudessem tirar suas próprias conclusões com os fatos que estão à mostra. A não ser que o honrado professor esteja de alguma forma sendo beneficiado, com um emprego, um cargo, ou mesmo benefícios estruturais na sua instituição, sem querer saber a origem dos recursos e o que está sendo feito com o esforço coletivo de todos.
            Para mim parece tão claro, agora que a Justiça mostrou, o roubo feito no Brasil pelas Esquerdas que estavam no puder, mancomunados com os empresários corruptos e corruptores, que não entendo Inteligências que há pouco eu admirava pelo ímpeto moralista que imprimia nas suas palavras e atos, agora está totalmente fascinado pela narrativa de Esquerda que ainda quer tapar o sol com a peneira.
            Como sair dessa espécie de hipnose coletiva, nós que estamos ainda do lado da decência? Digo assim, pois, aqueles que ultrapassaram os limites da decência, que usufruem dos frutos dos maus feitos, esses são mais difíceis de retornar ao campo da ética.