Relações modernas.
É notório que as relações interpessoais estão sendo substituídas pelas virtuais. Em primeira análise, é válido que a tecnologia permitiu enormes avanços na sociedade moderna, desde comunicação à medicina, o que é digno de louvor. Porém, o mesmo avanço que permitiu que as distâncias físicas fossem “diminuídas”- através do celular e da internet – afastou as relações que tínhamos com pessoas próximas.
É indubitável que todos cidadãos foram atingidos de alguma forma pelo avanço tecnológico – em graus diferentes. Muitos de nós, irmanados pelo entusiasmo de ter um celular de última geração, esquecemo-nos do prazer em dialogar olhando nos olhos, sentindo a expressão alheia “ao vivo”. Esse afastamento tem gerado problemas crônicos em nossa sociedade. A agressividade ao lidar com o próximo, a impaciência no trânsito, o tanto faz, o descaso e o cansaço existencial tem feito parte do nosso cotidiano e perturbado as relações familiares e sociais. O aumento exponencial da ansiedade e da depressão é um claro reflexo dessa sociedade que não se suporta mais.
Com toda certeza , temos pessoas que lutam contra essa realidade, tentando sociabilizar, tratar bem o próximo, despendurar do celular e do relógio.. ainda bem que existem pessoas assim, pois, servem – ou deveriam servir- de exemplo para nós.
Não gosto de escrever apenas apontando problemas, por isso, creio no poder de uma boa conversa, no aprimoramento das relações cotidianas e peço que aqueles que aqui estão, reflitam. Como estamos tratando o porteiro do nosso prédio? Temos dado bom dia ou nem mesmo o vemos, como se fosse um objeto? Tenho paciência em esperar 10 segundos uma pessoa manobrar o carro, ou aciono insistentemente a busina poluindo sonoramente o ambiente? Chego em casa e me tranco no quarto para atualizar as redes sociais ?
Façamos o esforço necessário para manter relações sólidas e duradouras, pautadas no respeito e no diálogo. Vamos tentar entender o próximo, ouvindo, enxergando não apenas defeitos, mas principalmente qualidades!