O Papel do Jovem na Sociedade
Neste texto abordarei brevemente um tópico abordado pelo professor Allan Novaes em um dos seus vídeos. Discutirei o papel do jovem na sociedade tomando como base as diferenças e os conflitos entre as gerações. A leitura não deve consumir mais do que 2 minutos do seu dia.
Entendendo as gerações
Pela definição do sociólogo Karl Mannheim, uma geração pode ser definida como um “grupo de indivíduos que nascem na mesma época, vivenciam fatos e experiencias análogas e processam todos os acontecimentos de forma semelhante”.
Em uma mesma época coexistem várias gerações e cada uma delas interpreta os eventos de uma maneira particular, preservando seu próprio conjunto de crenças, valores e comportamentos.
No presente, existem cinco gerações convivendo juntas: os veteranos (nascidos no início do século passado), os baby boomers (nascidos após a segunda grande guerra) e as famosas gerações x, y e z.
A geração x é composta pelos nascidos após a grande explosão de natalidade chamada de “baby boom” (entre meados de 1960 e o final de 1970). Os ideais dos nascidos nessa época, assim como os baby boomers, eram geralmente pautados em valores familiares.
A geração y são os nascidos nos anos de 1980 e 1990 que atualmente são jovens em estudo ou início de carreira. Testemunharam o surgimento de muitas tecnologias e, também, o avanço da globalização. São conhecidos pela valorização do prazer no trabalho e na vida pessoal, o imediatismo, o comportamento multitarefas e a maior preocupação com causas sociais e ambientais.
A geração z, também conhecida como "nativos digitais", compõe o grupo dos jovens que nasceram na virada do século, marcados por grandes acontecimentos internacionais como o 11 de Setembro. É a primeira geração na história que não conhece o mundo antes da internet. Apresentam um domínio indistinguível da tecnologia e são acostumados com vínculos virtuais.
As raízes dos conflitos entre as gerações
Nos primórdios da revolução industrial houve um aumento insustentável de pessoas iletradas tentando viver nas cidades. Crianças e até mulheres grávidas enfrentavam rotinas de trabalhado extremamente exploratórias.
A medida que a industrialização se expandiu e leis trabalhistas foram sendo criadas, a sensação de opressão foi apaziguada e as crianças foram proibidas de trabalhar. O problema é que essa determinação fez com que uma imensa massa de jovens perdesse seus meios de sustento e passasse a morar nas ruas. Dessa forma, muitos deles acabavam praticando crimes e formando gangues.
Foi a partir daí que muitos estereótipos relacionados à juventude começaram a ganhar forma. Até mesmo nos dias de hoje muitas pessoas adultas e idosas encaram os mais jovens como rebeldes sem causa, “aborrecentes”, desviados ou delinquentes.
Independentemente das circustâncias, porém, a interação entre as gerações será sempre uma tarefa difícil. Os jovens ainda não aprenderam todo o conjunto de normas da sociedade e carecem de experiências sólidas, por isso, apresentam uma sensibilidade maior para os costumes e as escolhas das gerações anteriores.
Cada geração carrega seus vícios e conquistas, mas parece haver um grande desafio para a maioria delas em enxergar seus sucessores como uma oportunidade de reavaliar ideias e comportamentos.
De maneira superficial, é como se os mais velhos esperassem a continuidade dos seus valores e hábitos, enquanto os mais jovens lutam por revoluções. Daí surge uma das raízes mais fortes dos conflitos intergeracionais.
O respeito aos jovens
A cultura e a educação precisam superar o estereótipo do jovem rebelde, incapaz e problemático. Esse tipo de discurso só reforça a intolerância e afasta soluções racionais.
Tratar a inexperiência como incapacidade, despreparo ou inferioridade no debate social é um julgamento um tanto injusto. Embora os mais novos ainda estejam compreendendo e assimilando o mundo que os cerca, eles são mais tocados pelas faltas e equívocos dos mais velhos que, naturalmente, já se apresentam mais condicionados.
É justamente a inexperiência do jovem e o fato de ele não estar totalmente inserido nos compromissos e responsabilidades da vida adulta que o auxilia a perceber inconsistências no mundo. É como observar a realidade de uma forma mais livre e menos apegada à opniões, preconceitos e sentimentos enraizados.
As novas gerações são frequentemente criticadas por negligenciarem hábitos e valores culturais anteriores, mas não é dever dos jovens serem apenas herdeiros de concepções e conquistas passadas. O progresso da humanidade requer reflexões, mudanças e aprimoramentos, e isso nunca foi tão evidente como nos dias de hoje.
Nesse sentido, os mais novos precisam ser vistos como agentes de transformação social, esse é o papel do jovem na sociedade!
Fala-se muito em respeitar e ouvir os mais velhos, mas respeitar e ouvir os mais jovens é tão importante quanto o primeiro. Esse é também um eficaz exercício de autocrítica, uma forma prática de refletir e encontrar pontos que carecem de melhora, seja no mundo, seja em nós mesmos.
Neste texto abordarei brevemente um tópico abordado pelo professor Allan Novaes em um dos seus vídeos. Discutirei o papel do jovem na sociedade tomando como base as diferenças e os conflitos entre as gerações. A leitura não deve consumir mais do que 2 minutos do seu dia.
Entendendo as gerações
Pela definição do sociólogo Karl Mannheim, uma geração pode ser definida como um “grupo de indivíduos que nascem na mesma época, vivenciam fatos e experiencias análogas e processam todos os acontecimentos de forma semelhante”.
Em uma mesma época coexistem várias gerações e cada uma delas interpreta os eventos de uma maneira particular, preservando seu próprio conjunto de crenças, valores e comportamentos.
No presente, existem cinco gerações convivendo juntas: os veteranos (nascidos no início do século passado), os baby boomers (nascidos após a segunda grande guerra) e as famosas gerações x, y e z.
A geração x é composta pelos nascidos após a grande explosão de natalidade chamada de “baby boom” (entre meados de 1960 e o final de 1970). Os ideais dos nascidos nessa época, assim como os baby boomers, eram geralmente pautados em valores familiares.
A geração y são os nascidos nos anos de 1980 e 1990 que atualmente são jovens em estudo ou início de carreira. Testemunharam o surgimento de muitas tecnologias e, também, o avanço da globalização. São conhecidos pela valorização do prazer no trabalho e na vida pessoal, o imediatismo, o comportamento multitarefas e a maior preocupação com causas sociais e ambientais.
A geração z, também conhecida como "nativos digitais", compõe o grupo dos jovens que nasceram na virada do século, marcados por grandes acontecimentos internacionais como o 11 de Setembro. É a primeira geração na história que não conhece o mundo antes da internet. Apresentam um domínio indistinguível da tecnologia e são acostumados com vínculos virtuais.
As raízes dos conflitos entre as gerações
Nos primórdios da revolução industrial houve um aumento insustentável de pessoas iletradas tentando viver nas cidades. Crianças e até mulheres grávidas enfrentavam rotinas de trabalhado extremamente exploratórias.
A medida que a industrialização se expandiu e leis trabalhistas foram sendo criadas, a sensação de opressão foi apaziguada e as crianças foram proibidas de trabalhar. O problema é que essa determinação fez com que uma imensa massa de jovens perdesse seus meios de sustento e passasse a morar nas ruas. Dessa forma, muitos deles acabavam praticando crimes e formando gangues.
Foi a partir daí que muitos estereótipos relacionados à juventude começaram a ganhar forma. Até mesmo nos dias de hoje muitas pessoas adultas e idosas encaram os mais jovens como rebeldes sem causa, “aborrecentes”, desviados ou delinquentes.
Independentemente das circustâncias, porém, a interação entre as gerações será sempre uma tarefa difícil. Os jovens ainda não aprenderam todo o conjunto de normas da sociedade e carecem de experiências sólidas, por isso, apresentam uma sensibilidade maior para os costumes e as escolhas das gerações anteriores.
Cada geração carrega seus vícios e conquistas, mas parece haver um grande desafio para a maioria delas em enxergar seus sucessores como uma oportunidade de reavaliar ideias e comportamentos.
De maneira superficial, é como se os mais velhos esperassem a continuidade dos seus valores e hábitos, enquanto os mais jovens lutam por revoluções. Daí surge uma das raízes mais fortes dos conflitos intergeracionais.
O respeito aos jovens
A cultura e a educação precisam superar o estereótipo do jovem rebelde, incapaz e problemático. Esse tipo de discurso só reforça a intolerância e afasta soluções racionais.
Tratar a inexperiência como incapacidade, despreparo ou inferioridade no debate social é um julgamento um tanto injusto. Embora os mais novos ainda estejam compreendendo e assimilando o mundo que os cerca, eles são mais tocados pelas faltas e equívocos dos mais velhos que, naturalmente, já se apresentam mais condicionados.
É justamente a inexperiência do jovem e o fato de ele não estar totalmente inserido nos compromissos e responsabilidades da vida adulta que o auxilia a perceber inconsistências no mundo. É como observar a realidade de uma forma mais livre e menos apegada à opniões, preconceitos e sentimentos enraizados.
As novas gerações são frequentemente criticadas por negligenciarem hábitos e valores culturais anteriores, mas não é dever dos jovens serem apenas herdeiros de concepções e conquistas passadas. O progresso da humanidade requer reflexões, mudanças e aprimoramentos, e isso nunca foi tão evidente como nos dias de hoje.
Nesse sentido, os mais novos precisam ser vistos como agentes de transformação social, esse é o papel do jovem na sociedade!
Fala-se muito em respeitar e ouvir os mais velhos, mas respeitar e ouvir os mais jovens é tão importante quanto o primeiro. Esse é também um eficaz exercício de autocrítica, uma forma prática de refletir e encontrar pontos que carecem de melhora, seja no mundo, seja em nós mesmos.