Hoje, 1 de maio de 2018, o Dia do Trabalhador ficou marcado por uma grande tragédia, no Centro de São Paulo. O que ocorreu foi o desabamento de um prédio, seguido de um incêndio. Os mais desfavorecidos foram as maiores vítimas e parte de uma Igreja Luterana, de construção histórica e artística foi destruída.
O corpo de bombeiros mais uma vez faz um trabalho magnífico, que merece não só elogios, mas recompensa. É feriado e eles estão trabalhando duro para salvar vidas.
Achei oportuna a matéria a seguir, para prevenir a população de acidentes tão tristes, como um incêndio, a fim de que não se repitam.
                   Nair Lúcia de Britto  


 
Saiba como evitar sobrecargas e curtos em tomadas
Texto de Juliana Nakamura
Do Uol - em São Paulo 



A sobrecarga da tomada pode causar aquecimento e desgaste dos fios, choques elétricos e curtos-circuitos. Na hora de instalar um equipamento elétrico novo em casa, nem sempre encontramos uma tomada livre. A saída, na maioria das vezes, é dar um jeitinho com um benjamim, ligando mais de um aparelho no mesmo lugar. É aí que mora o perigo, pois esse hábito simples pode levar a uma sobrecarga da tomada, com consequências como aquecimento e desgaste dos fios, choques elétricos, curtos-circuitos, queima de equipamentos, desperdício de energia e até incêndios. Para evitar danos, veja como identificar se a instalação elétrica de sua casa está sobrecarregada e saiba como agir.


Sinais de perigo
Perceber que há algo errado no sistema elétrico da casa não é difícil. O desligamento do disjuntor com frequência é a primeira pista. Os disjuntores servem justamente para cortar a passagem de corrente elétrica no circuito, quando a intensidade ultrapassa um limite pré-determinado. 
 
Também são sinais de sobrecarga quando há redução da luminosidade de uma lâmpada sempre que se liga um equipamento, como máquina de lavar e forno de micro-ondas, ou se as tomadas esquentam quando estão em funcionamento. Em alguns casos é possível perceber mudança de cor, ressecamento e trincas do material isolante. 


O que fazer? 
Em todas essas situações, a solução para reduzir a sobrecarga na instalação elétrica é redistribuir os aparelhos pela casa ou instalar novas tomadas em locais previamente escolhidos conforme sua necessidade.  Também é importante respeitar a capacidade da corrente elétrica de tomadas, adaptadores e extensões, para não conectar uma quantidade de aparelhos que exceda esse limite. Para uma tomada residencial comum, este limite costuma ser de 10 ou de 20 amperes. 

Nunca conecte uma grande quantidade de aparelhos em uma mesma tomada Imagem: Getty Images
Mas não é preciso fazer contas antes de conectar um aparelho em uma tomada. De modo geral, as residências são construídas com a previsão de tomadas de uso comum e de uso específico (para aparelhos de grande potência, como chuveiros e máquinas de lavar).  É preciso apenas usar o bom senso para evitar conectar uma grande quantidade de aparelhos num mesmo lugar.
 

Benjamim pode? 
Os especialistas recomendam que os conhecidos benjamins (ou tês) sejam evitados. No entanto, caso seja inevitável, conecte apenas equipamentos de baixa potência, como luminária e rádio relógio ou TV e aparelho de DVD. Na cozinha, é possível ligar em um tê a torradeira e cafeteira, no entanto, jamais ligue um benjamim em outro ou o utilize com aparelhos de grande potência, como geladeiras e fornos de micro-ondas. 
Indicados para ligar aparelhos eletrônicos e de informática, filtros de linha e estabilizadores podem ser usados para conectar vários aparelhos simultaneamente, mas o seu papel é muito mais de proteger o equipamento contra variações elétricas da rede do que de evitar sobrecarga. Afinal, a tomada utilizada continuará sendo a mesma, e poderá haver sobrecarga, apesar do uso desses acessórios.  
Manutenção periódica 
A prática mais comum é esperar algum problema elétrico aparecer para, só então, pensar em uma intervenção. Mas a atitude mais segura e econômica é prevenir, fazendo manutenções periódicas que identifiquem falhas em seu estágio inicial. 
A frequência recomendável para inspeção elétrica varia em função de particularidades como a qualidade do projeto elétrico e do material utilizado em sua execução. De modo geral, o indicado é fazer essa verificação uma vez ao ano, sempre com profissionais capacitados.
 
Em construções novas e de boa qualidade é possível estender esse prazo para até cinco anos. Mesmo assim, sempre que for acrescentar um novo equipamento elétrico de grande potência, deve-se realizar uma inspeção para checar se a instalação está preparada para comportar esse aumento de demanda. Isso vale principalmente para aparelhos de ar condicionado, incluindo os portáteis. 


Consultoria:
Eduardo Silva Mendonça, engenheiro eletricista da Companhia Paranaense de Energia (Copel)
José Carlos Saraiva, engenheiro do Centro de Suporte Técnico do Grupo Legrand, especializado na fabricação e comercialização de materiais elétricos

Rubens Leme, especialista em usos finais da AES Eletropaulo:
O tema da reportagem é bom, mas tem alguns detalhes que foram omitidos que fazem toda a diferença. Nem todas instalações são adequadas para ligar benjamins pois depende principalmente do tamanho da bitola do fio em uso na tomada em questão. Atente-se à isso! As tomadas em si suportam algo em torno de 1200W de consumo sem sofrer problemas, mas os benjamins por serem, em alguns casos, mal fabricados podem apresentar problemas de contato nos plugues dos equipamentos ligados à ele e isso pode provocar sobreaquecimento mesmo com consumo baixo. O uso do fio terra é indispensável em todos aparelhos que possuem 3 pinos na tomada, coisa que muitos não dão a mínima importância. A rede interna precisa ser dimensionada para receber a carga do que vai ser ligado nas tomadas e isso influencia no funcionamento dos aparelhos, com ou sem benjamim. Enfim, tudo precisa ser bem observado! Ah...eu detesto esse padrão de tomadas nacional, até o japonês é melhor...

 

 
Eduardo Silva Mendonça e Rubens Leme
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 01/05/2018
Código do texto: T6324173
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