Todos Têm Razão

Na física, em Cinemática, se estuda o efeito dos vetores de força, no movimento dos corpos.

Se os vetores agirem em várias direções, não haverá o deslocamento do corpo.

Assim é na sociedade dos humanos.

Se a um grupo de pessoas, onde uma delas for Meteorologista, alguém perguntar:

- Será que vai chover?

Provavelmente a única pessoa que dirá "Não sei!", será a Meteorologista, alegando que precisaria consultar antes os mapas meteorológicos.

A maioria tem resposta, e solução para tudo.

Por isso muitas vezes, só a ação de outra força, pode eliminar a ação dos vetores que comprometem o movimento, no sentido desejado.

Por isso eu prefiro ser empírico, expondo as minhas modestas ideias, como resultantes da minha vivência, observação e experiência.

Não me julgo competente, para emitir concepções pessoais. Sou apenas um insignificante despojado de títulos, e desprovido do perfil arraigado, dos clássicos modelos de cultos dominantes.

Muitos opinam, visando atenderem aos próprios interesses, e outros, por não terem opinião alguma, e para não ficarem calados, repetem aquilo que ouvem como papagaios, falando sem saberem o que dizem.

Onde eu vivi a minha infância, havia uma família, que eu invejava. Os filhos não eram castigados, saiam e chegavam à hora que queriam.

Eu não entendia porque o meu pai ficava furioso, quando eu me misturava com aqueles meninos. Até porque criança não vê a maldade.

Na minha casa era diferente. O meu pai era autoritário, e me castigava pelos mínimos desregramentos. Bem diferente do pai daqueles garotos.

Resumindo: Aqueles meninos se perderam na delinquência. Os que não foram mortos pela Polícia, foram vítimas do meio que viviam.

Quem estava certo?

O pai deles ou o meu, que era considerado enérgico ao castigar?

Não conheço alguém, que tenha sido tão castigado pelo pai como eu.

No entanto, eu e outros da minha idade, que também eram surrados, não ficamos com nenhuma sequela, nem com ódio dos pais. Muito pelo contrário.

Por isso exponho empiricamente a minha opinião, sobre o castigo corretivo e exemplar.

Aqueles que colocam a Educação Escolar, como solução para tudo, mais por interesses particulares, defendem a ideia de que a delinquência pode ser combatida com mais escolas, e melhoria da educação.

E aqueles que já estão na escola, e batem nos professores?

Que levam entorpecentes para dentro dos colégios?

Fazem isto porque a escola está com a pintura feia?

Porque o professor deveria ganhar mais?

Porque o ar condicionado está ruim?

Então eu e todos da minha época, seríamos os piores delinquentes.

Ou será porque os donos da razão lhes deram mais direitos, que aos professores?

Eles fazem isto porque na escola é onde vão receber "formação".

A educação deve vir de casa.

Os filósofos que pensam que diploma obtido, em alguns meses na escola, lhes dá mais sabedoria que séculos de experiência, tomaram dos pais o direito de educarem, da maneira que era comprovadamente eficaz, e impuseram o que conceberam como melhor.

Qualquer um pode errar, mas não ter humildade para reconhecer, e voltar atrás é a maior prova de estupidez.

A escola é indispensável para a profissionalização, e a cultura das pessoas, mas não muda a índole delas.

Tem sim que investir na formação como prioridade, não só na adaptação das escolas, como também na melhora dos educadores. Se eu for falar sobre educadores, que são maus exemplos, teria que escrever um livro, apenas sobre os casos que eu testemunhei.

No sistema penitenciário, muitos preferem a escola do crime, a frequentar com vantagens, a educação a eles disponibilizada.

Um dia desses, advogados formados, e outros estudantes de direito, ironicamente conhecedores da lei, foram presos por tráfico de entorpecente.

Se o acesso a escola, e a escolaridade evitassem a formação de bandidos, isto aconteceria?

Sabe por que aconteceu?

Porque eles tinham como objetivo a maldade.

Quando alguém tem por objetivo ser bom, não depende de ir à escola.

Para estudar, cata folhas de livros nos lixos, e não precisa de diploma para ser melhor, e mais culto que muitos acadêmicos.

E a sabedoria só quem pode dar é a Universidade da Vida.

Como seria bom se a gente pudesse escolher, no processo de fecundação humana, apenas os seres do bem. Assim como eu escolho as sementes que planto.

Por isso ser algo impossível, tivemos que criar o sistema Judiciário, para tentar corrigir os indesejáveis que surgem, ou retirá-los do convívio com os bons.

No meu bairro uma família sem filhos, adotou um menino já adolescente. Ele passou a morar numa mansão. Tinha a melhor escola, era o herdeiro de tudo, e até na aparência se tornou diferente dos irmãos.

Um dia ele roubou as jóias da mãe adotiva, e fugiu com o dinheiro dos pais. Roubou o que seria dele mesmo.

Faltou o que neste caso?

Escola melhor?

Dinheiro para comprar um celular?

Ou foi falta de caráter?

Quantos bandidos recuperados você conhece?

E quantos se fingiram de recuperados, para fazerem coisas piores?

Recuperar um bandido assassino para que?

Para ele tomar o emprego de alguém, que sempre foi bom?

Ou apenas para enaltecer a metodologia, de algum tecnocrata obstinado por notoriedade?

E os danos causados pelo bandido como ficam?

E as vidas que eles interromperam serão refeitas?

Se alguém acredita que pode ir para o inferno, por eliminar um bandido, indubitavelmente quem permite que ele tire a vida de um inocente, tem mais justificativa para isso. E quem permite que mais vidas, sejam ceifadas, tem ainda mais justificativa para prestar contas com Deus.

Só vejo um motivo para preservar um bandido, desde que ele se auto sustente, e ainda dê lucro para sociedade:

- Torná-lo obrigatoriamente um doador de órgãos e sangue.

Pelo menos assim, poderia compensar um pouco do mal, que praticou contra outras pessoas.

Eu sou doador de sangue e órgãos. Não sou bandido, e ninguém precisou me obrigar a isso.

Se eu e outras crianças fomos surradas pelos pais, e isto deu bom resultado, então por que um vagabundo não pode apanhar?

Como aqueles que andam pelas ruas, com calças arriadas, exibindo as cuecas, e ouvido promiscuidades num celular, que não se sabe como conseguiram.

É naquela fase que um mal maior pode ser evitado.

Tem que voltar o uso daquela borracha, que se usava para apagar ideologias, e orientar nos descaminhos. Não quebra ossos, é exemplar, e literalmente "marcante".

O vagabundo contemplado vai ter que ficar em casa, ou expor a obra da borracha pelas ruas, identificando quem ele é.

Na segunda vez deve receber uma surra ainda maior.

Se esta pedagogia não der bom resultado, humildemente, e publicamente eu me desculparei pelo engano.

É combatendo as más condutas, e os pequenos delitos, que os grandes podem ser evitados.

Mas infelizmente essa não é a regra, imposta pelos que sabem mais que eu.

Se aquele vadio ainda não faz parte, duma facção de bandidos, o sonho dele e fazer, para se tornar temido.

Até já fala com o mesmo linguajar dos bandidos. Pior é ver policial, que deveria fazer o canalha falar corretamente, imitando o idioma dos bandidos.

A segurança pública ainda ajuda exaltar os bandidos, aconselhando os cidadãos a não resistirem aos assaltos.

Deveriam dizer o contrário:

- Bandidos não afrontem os cidadãos, vocês podem ser mortos.

- Lembrem que os cidadãos podem andar armados, vocês não podem.

- Lembrem que os cidadãos têm a proteção dos Direitos Humanos, e vocês nem como humanos são considerados.

Sonha Acioly. Sonha... Não custa nada sonhar.

Acioly Netto - www.guiadiscover.com

Acioly Netto
Enviado por Acioly Netto em 21/02/2018
Reeditado em 22/02/2018
Código do texto: T6260474
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