Sem magor o chinelo...
Sentado não importa onde, comecei a reparar meu chinelo,
o esquerdo e o direito, ambos com o mesmo tempo de vida,
já estão presente em minha vida por uns onze anos, já não
é o mesmo de quando ganhei de minha filha, agora já bem
surrado, mas confortável e pelo jeito ainda vai me servir
por mais um bom tempo e não vou troca-lo por um novo.
Já com pessoa ou gente é diferente sempre trocamos,
o descarte de algo é normal, até banal sem que ninguém note,
Sempre trocamos, um mais novo, um mais jovem, com mais
dinheiro, mais poder, mais, mais, mais, nunca menos.
Não vou tocar meu chinelo, ele está perfeito, somente
quando ele se desfazer, já que não é gente e não pode
morrer.