OS DISFARCES DO DESESPERO

Prólogo

Eu poderia escrever o que muitos já escreveram: “O sorriso é o melhor disfarce para o desespero”! Não farei isso. Escreverei algo parecido com um compêndio. Empáfia à parte, meu escrito será melhor porque: Todas as ações que se seguem podem ser (são) e/ou serão OS DISFARCES DO DESESPERO.

OS ESQUECIMENTOS QUE AJUDAM NOS DISFARCES DO DESESPERO

Esqueçam a operação “Lava Jato”, os atores globais que estão sendo duramente criticados por suas péssimas atuações nas teledramaturgias; tentem não se lembrar dos atores incipientes do BBB decadente e apelativo pelas bizarrices das emoções exploradas; esqueçam os vândalos e criminosos travestidos de torcedores de futebol; não se preocupem com as reformas: políticas, da previdência (INSS), trabalhistas e outras sociais; não sofram mais do que já sofrem pelo dinheiro público mal empregado, pelos desvios de condutas de alguns dos nossos representantes no Congresso Nacional mancomunados com alguns empresários inescrupulosos.

Não vale a pena você se perguntar: “Por que prendem, às vezes, algemando pés e mãos sem necessidade, com rufar de tambores, fogos, astúcias, artifícios outros e presença maciça da mídia? Seria apenas para mostrar quem dita o "modelo padrão" de conduzir? Talvez para humilhar e vilipendiar? Por que em seguida soltam, para processar, condenar e prender por pouco tempo depois? Há uma desordem institucional? O Brasil se transmudou em uma anarquia, sem precedentes, generalizada, desde 16 de março de 1985?".

Esqueçam quem por si mesmo se destrói igual a algumas pessoas, ao PT e outros partidos por seus afiliados e comparsas desorientados; esqueçam as pesquisas eleitorais supostamente manipuladas e muito bem direcionadas; não deem ouvidos às promessas, trapalhadas e hilárias declarações de politiqueiros caricatos; não sofram por antecipação com os acidentes, assaltos, furtos, latrocínios, estupros, outros crimes e inúmeros outros infortúnios que ocorrerão durante os festejos momescos, no trânsito, e outros correlatos.

OUTROS INFORTÚNIOS QUE PRECISAM SER ESQUECIDOS

Esqueçam o auxílio-moradia pago aos "hipossuficientes" juízes. Esse substancial auxílio é pago até aos que possuem imóveis residenciais. Não se preocupem. Cuidem de suas vidas. Existem órgãos superiores cuidando dessa sandice. Além disso há uma resolução do Conselho Nacional de Justiça que impede que dois magistrados que vivem sob o mesmo teto recebam o benefício duas vezes.

Fechem os olhos para os memes (Chacotas) na internet e façam seus ouvidos moucos para os comentários sobre essa confusão jurídica (Auxílio-moradia para juízes). O magistrado Marcelo da Costa Bretas requereu à justiça e ganhou a causa! Esqueçam porque, provavelmente, não houve corporativismo ao se prolatar a respectiva e respeitável sentença. Certamente Sua Excelência Marcelo Bretas é um juiz federal especial e diferenciado.

Ah! Não fiquem contentes com a mentira: "Todos são iguais perante a lei..." (Art. 5º, da CF). Esqueçam essa falácia porque existe o “Foro por prerrogativa de função”, o foro privilegiado é atribuído a alguns indivíduos que ocupam cargos de alta responsabilidade pública, como: Presidente da República, Vice-Presidente, o Procurador-Geral da República, os ministros e os membros do Congresso Nacional. Esses desiguais perante a lei, nas ações penais, só podem ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal – STF.

Esqueçam as balas perdidas que matam os incautos, as crianças que não acreditam na perda, há muito tempo, do direito de ir e vir, os quais são garantidos pelo Estado Democrático de Direito. Não queiram se lembrar dos atuais preços escorchantes dos combustíveis derivados do petróleo. Apaguem de suas mentes o possível retorno do voto impresso, o ProUni, o SUS, o SISU, o mais recente resultado do ENEM e o ansiado FIES. A “mega-sena", outras loterias e jogos de azar também precisam ser esquecidos.

Observação oportuna e pertinente: O correto, pela regra ortográfica oficial, é Megassena. Contudo, por “mega-sena” loteria ser uma marca escrevemos “mega-sena” quando nos referimos, especificamente, a este produto.

Esqueçam de todas as supracitadas desgraças porque tudo passará e nos anos seguintes se repetirão nessa sazonalidade nefasta, doida, perpétua, como o círculo de fogo dos DISFARCES DO DESESPERO.

A EXCELENTE NOTÍCIA PARA UMA EXCELSA LEMBRANÇA

Lembrem-se da palavra AURORA... Não. Não estou me referindo à aurora polar que é um fenômeno óptico composto de um brilho observado nos céus noturnos nas regiões polares, em decorrência do impacto de partículas de vento solar com a alta atmosfera da Terra. Refiro-me à personagem AURORA do livro LAÇOS DE TERNURA, escrito por Larry McMurtry.

AURORA... Ah! AURORA... O leitor cônscio e notável jamais esquecerá essa mulher extremamente inteligente, iluminada e terna, cujo entusiasmo pela vida e necessidade de afeição se impõem a quase todos os que a conhecem. Claro que, igual a todo ser humano, AURORA tem reações inesperadas e, às vezes, incompreendidas. Ela se zanga, fecha a cara, faz biquinho, demonstra ciúme e fala muito em dieta.

Tampouco pode ser esquecida a aguda percepção de AURORA sobre as coisas que realmente importam na vida. O tempo, as mudanças proporcionadas pelo que não se podem alterar e os diferentes tipos de amor e desespero causados por suas cargas emocionais em todos OS SEUS DISFARCES DO DESESPERO.

Concito os nobres leitores a esquecerem os problemas sociais do dia a dia porque de vez em quando é bom fazermos uma higiene mental. Nossas mentes são bombardeadas, a todo momento, subliminarmente ou ostensivamente, pelos noticiosos e conversas com nossos afins. Isso é péssimo para nossa evolução espiritual.

Não estou querendo incutir nas mentes dos meus atenciosos e dedicados leitores o certo ou o errado, pois o livre-arbítrio deve sempre ser respeitado, mas, não custa alertar sobre as mazelas que assomamos quase sempre sem percebermos. Ademais, há gostos e desgostos para todos os gostos.

Sempre que ocorrer um feriado longo é de bom grado nos higienizarmos mentalmente fazendo preces fervorosas, vendo bons filmes, fazendo boas leituras ou passeios seguros (sem radicalismos extravagantes); ouvindo boas músicas, melhorando nossa alimentação e hidratação adequadamente; não esquecermos de visitar enfermos para um abraço fraterno ou uma conversa alegre e sublimação da esperança.

São muitas as opções benéficas e maléficas. Quem ditará a escolha será sempre o bom siso e o livre-arbítrio. Sem nenhuma dúvida as consequências, boas ou más, virão mais cedo ou mais tarde.

CONCLUSÃO

Quero sugerir para esse longo feriado que se avizinha (Carnaval), além das supracitadas indicações e orientações nos parágrafos anteriores, a leitura do livro LAÇOS DE TERNURA. Trata-se de um livro sobre o amor – ou da ausência do amor – familiar e sexual. Trata de pessoas que amam e deixam de amar, por motivos que não conseguem explicar nem a si mesmas nem aos demais.

O livro é uma história comovente, vivida e rica em detalhes sobre todos nós e aqueles que amamos. Atualmente numerosas mulheres, especialmente as mais maduras (idosas), lutam para redefinir seus valores e papéis nas relações amorosas, interpessoais. Esse é o caso da brilhante personagem AURORA.

Quando vocês lerem LAÇOS DE TERNURA, que considerei mais detalhado do que o filme, saberão identificar e usar, certamente, os seus melhores DISFARCES DO DESESPERO para mascarar as agruras pessoais e sociais que ora todos vivenciamos em nosso Brasil (Casa da mãe Joana).

Para os irmãos espíritas e simpatizantes quero indicar a leitura de “Violetas na janela” e “Vivendo no mundo dos espíritos”. Ambos foram psicografados pela médium Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho. Trata-se de uma verdadeira reportagem realizada no mundo espiritual, mas, caso queiram ver um bom filme sugiro “A Cabana” (The Shack).

Nesse filme um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. O filme é superinteressante porque ao final nos dá, independente da crença de cada um, uma excelente lição de vida.

E para não pensarem ou falarem que não me lembrei dos demais leitores não tão religiosos indicarei que vejam alguns clássicos eternos como: “Cidadão Kane”. (Citizen Kane) é um filme norte-americano de 1941, dirigido, escrito, produzido e estrelado por Orson Welles. É considerada uma das obras-primas da história do cinema, sendo particularmente elogiado por sua inovação na música, fotografia e estrutura narrativa.

Se preferirem dar boas risadas poderão ver um outro clássico, comédia, fenomenal: “Em busca do ouro”. (The Gold Rush) é antiquíssimo (1925), mas duvido que vocês não deem gargalhadas com as trapalhadas e confusões do garimpeiro Charles Spencer Chaplin (Charles Chaplin).

Nesse feriado longo de carnaval desejo para todos um bom descanso, com boas leituras, filmes e músicas alvissareiras. Que o bondoso Deus conceda a todos uma luminosidade justa e merecida segundo os méritos de cada um.

A todos desejo muita paz e um responsável esquecimento das medonhas notícias do dia a dia sem querer induzir a uma fuga desordenada da realidade.