2018 CHEGOU! E AGORA?

Mais um ano se inicia. Passamos por 2017 e, enfim, chegamos a 2018. O que dizer do ano que se foi? O que esperar desse novo ano que está em curso?

Num país que se fez negligente a diversos problemas estruturais, temos um quadro de insatisfação do povo brasileiro, no que se refere a mudanças positivas impactantes para a vida social, tanto no universo do trabalho, como no campo da segurança, da saúde e da justiça.

Continuamos na expectativa de dias melhores, dias esses que muito nos tranquilizariam e, certamente, aumentariam a autoestima desse povo que sofre e é vítima das mazelas que assolam o país.

Na política, após um ano conturbado, com prisões de autoridades e grandes empresários, escândalos envolvendo uma dinheirama jamais vista, chegou ao fim de 2017 quase como começou: sem mudanças significativas benéficas ao povo, as que ocorreram no campo da reforma do trabalho e tentativa da reforma previdenciária estão cercadas de dúvidas e incertezas.

Isso tudo sem a punição de muitos envolvidos nos crimes de corrupção, como anseia a sociedade, afinal quando são presos não costumam cumprir suas penas, beneficiando-se de infindáveis recursos jurídicos para permanecerem livres e usufruindo das regalias financeiras que o crime proporcionou; sem que a totalidade dos valores desviados retornem aos cofres públicos; sem que tenhamos a convicção de que, senão chegou ao fim, ao menos deveríamos ter controle desses crimes de colarinho branco, por intermédio de medidas enérgicas e eficazes.

Permanecemos na esperança de ações que nos convençam de que o país caminha para uma escala de moralidade, no mínimo satisfatória. Não dá mais para aceitarmos os desvios morais oriundos das ações de autoridades, que deveriam preservar o patrimônio público, o bem-estar social e, contribuírem para o desenvolvimento econômico do país.

Em que pesem os esforços de muitas autoridades da área jurídica, é bem verdade, na busca em elucidar crimes e punir os agentes, ainda percebemos o longo percurso a se trilhar até que sintamos que a justiça brasileira é deveras séria e comprometida com os princípios da legalidade, da moralidade e da imparcialidade.

Na seara política, ainda agem como sempre agiram, dando as costas para as reivindicações populares, aprovando medidas amargas para o povo, sob a égide de serem necessárias para o controle das contas públicas. No entanto, nenhuma medida dessa natureza é votada para o poder legislativo, a saber: a reforma política, o corte de gastos, assim como a aposentadoria dos nossos deputados e senadores. E detalhe, são nas caladas das madrugadas silenciosas e frias, carregadas de obscuridade e ausência testemunhal, principalmente dos microfones e lentes de nossa mídia, que votações favoráveis ao legislativo e seus pares acontecem.

No raiar do sol, repousa um judiciário que se eterniza com venda nos olhos, que pouco vê e, por consequência, não toma atitude digna de justiça, que seria o seu papel fundamental.

E assim seguiremos em 2018, resignados, mas esperançosos de que verdadeiros homens e mulheres públicos possam lutar unidos com o propósito de construírem uma nação próspera, segura e justa.

Está em nossas mãos permanecer nesse lamaçal de corrupção e desvios de conduta, perpetuando maus políticos nos poderes executivo e legislativo, ou mudarmos pelo menos a nossa capacidade de não reeleger profissionais da política que em breve em suas campanhas farão as antigas promessas jamais cumpridas, porque sabem que o nosso sentido e a nossa memória política são falhas.

Não venda e não troque seu voto por promessas e migalhas! Seja crítico e consciente de seu papel nas próximas eleições! Usufrua do seu direito democrático de ir às urnas e exprimir sua vontade política, mas faça com razoabilidade e bom senso!

Feliz 2018 a todos!!!

DEUS É BOM!!!

João Carlos Lima Ferreira
Enviado por João Carlos Lima Ferreira em 01/01/2018
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