AFETO COMO ATO POLÍTICO
Por Antônio Coquito
Recentemente, nos espaços onde estou, tenho refletido e contribuído, diante do contexto político institucional de descrédito e nulidade, da necessidade da POLÍTICA DO AFETO. Não falo do afeto como algo meloso, adocicado e superficial. Trata-se de uma ação de compromisso com as pessoas, o planeta, a sociedade e as transformações que queremos e desejamos. Portanto, um encontro ou reencontro COM NOSSAS ESSÊNCIAS DE SERES HUMANOS. A POLÍTICA DO AFETO tem outra coirmã, que é a POLITICA DO BEM QUERER.
De acordo com Baruch de Espinoza, racionalista e filósofo alemão, “afeto designa um estado da alma, um sentimento que provoca uma mudança ou modificação simultaneamente no corpo e na mente.” Quem é acolhido e aceito age no mundo. Espinoza esclarece que “a maneira como o afeto nos atinge interfere em nossa vontade de agir”. A psicologia aponta que “o afeto é um agente modificador do comportamento, influenciando diretamente na forma como pensamos sobre algo.”.
A vida no planeta pede o resgate da primícia a relação de preservação do outro, com o outro e para o outro. Ninguém se faz sozinho. Nós nos fazemos com todos e todas. Temos que exercitar o cuidado com todas as criaturas. Portanto, é compreensível que, a configuração dos espaços públicos e a condição de bem-estar só se efetivam como resultado das construções coletivas, integradoras e acolhedoras. Ser afetivo e cuidar é de ato e fato – eliminar o que nega a vida e sua concretude - a pobreza, a exclusão social, a falta de oportunidades e acesso e todo tipo de violência como fato aceitável. Façamos da política do afeto uma prática cotidiana!
CUIDEMOS UNS DOS OUTROS! CUIDEMOS DA VIDA!