Planejamento familiar: É preciso mais ação governamental

Na China já nasceu o habitante de número um bilhão e quatrocentos milhões e na Índia os números não estão muito distantes: um bilhão e trezentos milhões.

No Brasil a população atualizada fica em 206.700.000 em números arredondados. Lançamos um olhar para esse tema de grande importância que costumamos relevar a um plano secundário: o crescimento demográfico.

Conforme estimativa das Nações Unidas a população mundial é de 7,6 bilhões de habitantes, prevendo-se 9,6 bilhões para 2050 e 11,2 bilhões para o final do século.

Sabemos que o crescimento vegetativo da população ocorre diferentemente nos vários níveis sociais e econômicos da sociedade, ou seja, nas camadas mais ricas o crescimento é menor.

No Brasil, a contrário sensu, nas camadas mais carentes, onde os índices de desemprego, subnutrição e mortalidade infantil são alarmantes, o crescimento demográfico vegetativo supera o índice médio nacional.

Não entendemos que, pelo fato de serem pobres, devam ter suprimidos os seus direitos de procriação, mas acreditamos que medidas racionais devam ser tomadas para auxiliar as camadas mais pobres a terem acesso às informações e aos instrumentos de planejamento familiar.

A posição da igreja, contrária à utilização de alguns métodos anticonceptivos, não contribui para uma solução razoável da questão.

Algum dia, no futuro, assim como reconheceu alguns erros da santa inquisição, a igreja - não tenho a menor dúvida - ainda irá reconhecer os despropósitos da posição que defende.

E vejam que estamos no século XXI, onde questões mais atuais e complexas estão na ordem do dia, tais como o uso de embriões de células-tronco em pesquisas e outras que implicam no desenvolvimento da medicina e, por conseguinte, no desenvolvimento da humanidade.

É comum vermos na mídia televisiva, famílias paupérrimas com oito, dez ou doze filhos, exatamente nos recantos de pobreza crônica, onde a ação do Estado se apresenta insuficiente ou, em alguns casos, inexistente.

Conclamamos, portanto, o governo de plantão, para iniciar uma ação de planejamento familiar que contemple uma melhor qualidade de vida para as camadas mais pobres e desassistidas da nação.

DJAHY LIMA
Enviado por DJAHY LIMA em 06/12/2017
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