O FALSO “BODE EXPIATÓRIO”
Prólogo
“Jornalista é acusado de ter feito comentários racistas, fora do ar, durante cobertura das eleições americanas. Waack diz não se lembrar do episódio e pede desculpas.”.
“A Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações. Nenhuma circunstância pode servir de atenuante. Diante disso, a Globo está afastando o apresentador William Waack de suas funções em decorrência do vídeo que passou hoje a circular na internet, até que a situação esteja esclarecida.” - (SIC) – TV Globo (08/11/2017 21h32 Atualizado 08/11/2017 21h41).
“BODE EXPIATÓRIO”
“Bode expiatório” é uma expressão popular com vários significados e uma origem. Um dos significados: “é usada quando alguém leva sozinho a culpa de um infortúnio.”. Essa expressão também é usada para definir uma pessoa sobre a qual recaem as culpas alheias. Pode ocorre quando alguém é acusado de um delito que não fez, ou que não foi o idealizador, algo pouco ou não explicado de forma convincente.
Resolvi escrever este insulso e controvertido texto porque estando eu no supermercado um conhecido, depois de me cumprimentar, disse entredentes: “Viu o que a Globo fez com um dos seus empregados por conta do racismo?” – Ele se referia ao caso do afastamento das funções do radialista William Waack. – Vi, li e ouvi, mas, creio que estão tocando trombetas e fazendo muito alarde em cima de um infeliz comentário de um homem do bem – Falei.
ORIGEM DA EXPRESSÃO “BODE EXPIATÓRIO”
A expressão "bode expiatório" teve sua origem no dia da expiação, como relata a Bíblia. O dia da expiação, era um ritual para purificação de toda nação de Israel. Para a cerimônia, eram levados dois bodes, onde um deles era sacrificado e o outro, o “bode expiatório”, era tocado na cabeça, pelo sacerdote, que confessava todos os pecados dos israelitas e, os enviava para o deserto, onde todos os pecados eram aniquilados.
POR QUE RESOLVI ESCREVER ESTE TEXTO?
Resolvi escrever para explicar o meu entendimento e concitar meus diletos leitores à razão. Juntos poderemos compreender, se isso for possível, a real e verdadeira causa que fez o radialista William Waack, apresentador do Jornal da Globo, se metamorfosear em O FALSO “BODE EXPIATÓRIO elegido (sem votação), equivocadamente, por pessoas supostamente esclarecidas ou não.
A divulgação do ocorrido é recente, mas, a infeliz frase (“isso é coisa de preto”), supostamente verbalizada pelo jornalista William Waack aconteceu há algum tempo. Isso a Globo não divulgou (não divulga) como sendo um fato relevante!
Há (Existe?) um vídeo em que William Waack parece dizer frases de cunho racista. A Globo aproveitou a efervescência da palavra discriminação (muito em voga e atualíssima) para execrar, como um BODE EXPIATÓRIO, um profissional de primeira linha, competente e capaz.
Pesquisem na web e certamente encontrarão! Pouca gente sabe que os outrora empregados da Globo, Diego Rocha Pereira (operador de VT) e Robson Cordeiro (designer gráfico) foram os responsáveis pela divulgação do vídeo, possivelmente gravado nos bastidores (local não público).
Também foi publicizado, isto é, está na internet: Com receio de possíveis retaliações, os dois ex-empregados ficaram cerca de um ano com o material guardado. "Na época trabalhava na Globo, tentei repassar e ninguém aceitou.” – Disse Diego. Observem a expressão: “tentei repassar e ninguém aceitou”. Pergunta-se: Por que quiseram repassar o material? Fidelidade à empresa global ou vingança privada contra um profissional de primeira linha?
Na minha opinião, provavelmente, já havia alguma insatisfação com o apresentador global William Waack. Todos sabemos que o racismo e a homofobia são temas fortes e atuais explorados pelas novelas globais. Ostensivamente há um “forçar de barra” em desfavor das famílias, mormente sobre os temas que envolvem as afetividades interpessoais.
CONCLUSÃO
Nas discussões efetivadas pelos desocupados, nos calçadões, o tema racismo é discutido em pé de igualdade com corrupção, política e futebol. A hoje considerada ofensiva expressão: “isso é coisa de preto” já foi simplesmente jocosa e irrelevante, mas, os usos e costumes mudam tais quais as indumentárias masculinas e femininas ao longo do tempo.
Convém NÃO NOS ESQUECERMOS que: A segunda parte do princípio constitucional da isonomia preestabelece: ("a lei deve tratar de maneira desigual os desiguais").
OS DIFERENTES NÃO QUEREM TRATAMENTO IGUAL, MAS QUE SEJAM RESPEITADOS EM SUAS DIFERENÇAS
Doutrina e jurisprudência já assentam o princípio de que a igualdade jurídica consiste em assegurar às pessoas de situações iguais os mesmos direitos, prerrogativas e vantagens, com as obrigações correspondentes, o que significa "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam”, visando sempre o equilíbrio entre todos.
Todavia, os homossexuais, os bissexuais, os transexuais, as lésbicas, os negros, os gordos, os escanifrados e outros injustamente discriminados simplesmente NÃO ACEITAM essa segunda parte do princípio constitucional da isonomia ("a lei deve tratar de maneira desigual os desiguais") – e, tampouco, ser tratados com desdém e desrespeito.
Eles (Os discriminados e ofendidos em suas dignidades) que se entendem iguais querem tratamento igual! Esse enigma já foi sabiamente decidido pela egrégia Corte do Poder Judiciário.
Claro! Se o Supremo Tribunal Federal – STF já decidiu que homem pode casar com homem e mulher pode casar com mulher... Quem somos nós, míseros autodidatas, pessoas comuns, para contradizermos tão sábia decisão?
Do mesmo modo, se a mais poderosa empresa de comunicação entende que a expressão: “isso é coisa de preto”, provavelmente dita em um local não público (nos bastidores), é ofensiva aos usos e costumes atuais... Quem somos nós para contestar o tão “correto entendimento” de afastar o jornalista competente, mas falastrão e inconveniente?
No entanto, há essa controvérsia guardada à sete chaves, por mais de um ano, sobre a suposta ofensa do jornalista William Waack: "Na época trabalhava na Globo, tentei repassar e ninguém aceitou.” – Disse Diego Rocha Pereira (ex-operador de VT da Globo).
Enfim, entendo, salvo outro juízo, não ser correto o afastamento de tão brilhante e da melhor estirpe, um dos melhores profissionais de seus quadros, com rufar de tambores, em forma de nota ao público, em nome da transparência, quando sabia do ocorrido há muito tempo (mais de um ano). Isso, no meu entender, caracteriza e explica o tema: O FALSO “BODE EXPIATÓRIO”.
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NOTAS REFERENCIADAS
– Imprensa falada, escrita e televisiva;
– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.