Bandeira Branca, por favor.

Neste mundo em que uma minoria quer impor suas ideologias, desafiando até mesmo a ciência genética sem nenhum embasamento, afirmando, por exemplo, que menino não nasce menino e menina não nasce menina, ignorando totalmente o papel do DNA, podemos esperar todos os tipos de bandeiras levantadas por aqueles que não se acham enquadrados na normalidade e não aceitam a sua condição, seja ela qual for. Sim, porque quem se aceita como é não sai por aí impondo mudanças radicais no comportamento dos outros. O que deve fazer é exigir respeito. Muitas vezes o preconceito reside na própria pessoa que se julga discriminada. Ouvi um relato do filósofo Leandro Karnal, dizendo que alguém o chamou de careca, como se quisesse ofendê-lo. "Sou careca, sim, e não vou me ofender com isso" , disse ele achando graça. Pois é, sendo ele uma pessoa inteligente e bem resolvida na sua condição de careca, o outro é que fica na condição de idiota. O que as pessoas estão precisando é direcionar seus preciosos neurônios e suas energias mentais para problemas mais urgentes, que exigem maiores cuidados e atenção. E o Brasil está cheio deles.