Mais armas, menos opressão, mais segurança? (Desarmamento e realidade histórica)
Uma das maiores bravatas sobre armamento irrestrito é que "garantiria uma possibilidade de defesa contra um possível governo autoritário ou totalitário".
Nada mais ingênuo. Nada mais distante da historicidade das insurreições populares contra tiranos. As mais gloriosas e históricas revoltas populares de desobediência civil ocorreram em desigualdade de números e tecnologia bélica (até desconheço, entre opressores e oprimidos, uma histórica paridade de armas e contingente militar, mas se alguém pesquisar e postar aqui...), porque, é fato que o magistrado civil concentra o poder de sanção interna e de guerra externa, logo, *legitimamente* tem maior quantidade e qualidade de instrumentos para tais fins. Logo, em meio a um banho de sangue, venceram porque persistiram no amor pela liberdade - pessoal e do outro.
Porém... o maior exemplo de uma revolução/revolta/desobediência civil bem sucedida é a "Revolução sem Sangue", a britânica Revolução Gloriosa (1688-1689), onde cinquenta soldados faleceram, na pior das estatísticas - na Revolução Francesa, o número de mortos é historicamente documentado entre 100 mil a um milhão, pelo menos (lembre-se: documentado). Mesmo assim, conseguiram limitar um tirano e tiveram êxito não por armas, mas por isto: a força do argumento inabalável da pregação bíblica dos puritanos para todas as áreas da vida, a aplicação dos princípios da normatividade bíblica em lei constitucional e o testemunho de suas vidas piedosas. Isso foi mais que suficiente. Como homens, *essas* são nossas prioridades.
Assim, os que defendem o exposto no primeiro parágrafo devem ter sua masculinidade questionada. Cuidado com "homens" que querem ou desejam ter meios além dos necessários para (sobre)viver, com medo de homens e confiança na pólvora e no braço. Somente demonstram uma adolescência tardia, uma cobiça em viver num Counter Strike de vida real, um desejo pela vingança pessoal e morte. Os tais estão longe da cruz do Homem Perfeito: Jesus, o filho de Deus.
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Site com registros históricos de número de mortes em conflitos armados: http://necrometrics.com/wars18c.htm#FrRev1.