OS JULGADORES DE NORDESTINOS CONTINUAM OS MESMOS?... (02)
Sidney,
Respondo teu e-mail. Mencionei fatos extraídos de jornais de grande circulação, encontrados nos baús da década passada (2007/2008). Quando leio, ainda hoje, principalmente via Internet, os inúmeros comentários de ódio e suas origens ou tendências neonazistas, constato que aqueles poucos pseudo-julgadores de ontem deram bastante cria. A linguagem é a mesma daquela década, e não cessa. As cabeças, igualmente. A Internet, diante dessa situação, é o belo cavalo em que o feitor está montado, ora para chicotear os escravos mudos, ora para dizer "cale-se" aos falantes, tudo, exatamente tudo, conforme as conveniências ditadas pela casa-grande. A única liberdade que nos resta, aqui na região mais carente do país, é a de ficarmos indignados. Lembra muito bem o quadro "RETIRANTES" de Portinari, que representa para nós, nordestinos, uma situação real com a qual convivíamos e, já agora, dá claros sinais de retorno. Nenhum valor material atribuímos a esse quadro, que (para nossa região) representa o HORRÍVEL. Noutras circunstâncias, noutras regiões, comprovadamente vale milhões de reais, porque representa o BELO.
O escritor carioca, Machado de Assis, faz essa distinção conceitual:
""Um ébrio vai passando, vê um mocambo em chamas e, ao lado, uma pobre mulher chorando. Ele, educadamente, pergunta se a casa é dela. Ela, desesperada, responde que sim: "Era a única coisa que eu tinha neste mundo". Aí, ele, o ébrio, novamente cortês, pede licença para ali naquelas chamas acender o seu charuto"".
O preconceito e a insensibilidade sempre estiveram indivisivelmente juntos, que o diga Einstein ("Mais fácil quebrar o átomo do que o preconceito"). O belo e o horrível também estão filosoficamente juntos, conforme o ponto de vista do observador.
E por falar em preconceito, foi, por acaso, abolida a escravidão em nosso país?... Em quais regiões?... Que respondam nossos atuais governantes.
""Um ébrio vai passando, vê um mocambo em chamas e, ao lado, uma pobre mulher chorando. Ele, educadamente, pergunta se a casa é dela. Ela, desesperada, responde que sim: "Era a única coisa que eu tinha neste mundo". Aí, ele, o ébrio, novamente cortês, pede licença para ali naquelas chamas acender o seu charuto"".
O preconceito e a insensibilidade sempre estiveram indivisivelmente juntos, que o diga Einstein ("Mais fácil quebrar o átomo do que o preconceito"). O belo e o horrível também estão filosoficamente juntos, conforme o ponto de vista do observador.
E por falar em preconceito, foi, por acaso, abolida a escravidão em nosso país?... Em quais regiões?... Que respondam nossos atuais governantes.