QUEM COM ÁUDIO FERE, COM ÁUDIO SERÁ FERIDO
Prólogo
“Há mais segredos entre os bastidores dos podres poderes público e privado do que nós, míseros lesados e espoliados, podemos imaginar” – (Wilson Muniz Pereira).
Não. Não errei no título do texto. Todos conhecemos o refrão que diz: “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Podemos assegurar que esse dito popular é uma analogia ao que conhecemos: “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos. ” – (Apocalipse 13:10).
A lei de causa e efeito é implacável. O povo sabe disso mas ignora. Quando Jesus foi capturado por soldados romanos Pedro foi em sua defesa. Jesus, porém, o advertiu: "Pedro guarda o teu punhal (espada). Acaso não sabes que quem vive da espada morre por ela?".
A LEI DO RETORNO É IMPLACÁVEL
Depois de se entregar, recentemente, o empresário Joesley Batista levou as mãos ao rosto e chorou, no momento em que se viu diante da carceragem da superintendência da Polícia Federal (PF), em São Paulo. “Quem semeia ventos, colhe tempestades”. Na ação da lei do retorno, o mal ou bem voltam sempre, muitas vezes, com a carga revigorada. (Fonte: Livro Retrospectiva Doutrinária).
Quando escrevi: QUEM COM ÁUDIO FERE, COM ÁUDIO SERÁ FERIDO quis com isso confirmar que, dentre as muitas revelações que o espiritualismo tem apresentado, está a lei do retorno, ou de causa e efeito, cujo conhecimento é de importância capital.
Joesley Batista estava tranquilo! Ele houvera feito um acordo especialíssimo com a Procuradoria-Geral da República - PGR. Nesse acordo ele não usaria tornozeleira eletrônica, não teria seu passaporte apreendido, não seria preso, nada de prisão domiciliar, nada de débitos com a justiça, nada de bens apreendidos, nada de burocracia. NADA. NADA. NADA.
Como não aceitar um acordo nesses termos? Joesley entregaria as cabeças de alguns desafetos (aqueles que esbulhavam e/ou extorquiam dinheiro da JBS), continuaria maquinando nos bastidores do poder e, de quebra, seria considerado o herói nacional, o "mocinho" que derrubara os canastrões apodrecidos e já, há algum tempo, sob os holofotes e sanha da mídia, assim como na mira e no olho do furacão (homens de preto e óculos escuros) "Lava Jato".
No entanto, a prisão do executivo Joesley Batista foi autorizada pelo ministro do STF Luiz Edson Fachin após ele (Joesley) omitir informações no acordo de delação premiada. Como? Como foi que isso aconteceu? É aí que entra a justificativa do tema deste texto: QUEM COM ÁUDIO FERE, COM ÁUDIO SERÁ FERIDO.
Tudo o mais (causas) já é do conhecimento do público pela mídia onipresente, não necessariamente, onisciente porque sabemos de uma verdade incontestável: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia. ” – (William Shakespeare). Ou “Há mais segredos entre os bastidores dos podres poderes público e privado do que nós, míseros lesados e espoliados, podemos imaginar” – (Wilson Muniz Pereira).
CONCLUSÃO
Todos os atos praticados, nocivos ou benéficos, e as palavras emitidas, construtivas ou destrutivas, atingem o objetivo e produzem ação reflexa, volvendo ao ponto de partida. Assim, num crime cometido contra um terceiro, há uma ação praticada; esta atingiu o seu fim, com a sua consumação; mais tarde, em ação retroativa, retorna ao agente, para completar o seu ciclo.
O empresário Joesley Batista, que é um dos donos da JBS, teve a prisão temporária solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinada pelo ministro Edson Fachin, relator da operação “Lava Jato” no Supremo Tribunal Federal (STF). O executivo Ricardo Saud também se entregou. Eles são acusados de omitirem informações no acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal. Joesley e Ricardo estão presos temporariamente, mas, há a possibilidade de as prisões serem prorrogadas ou transformadas em preventivas.
Há alguns dias (o áudio foi liberado e está na mídia) Joesley assassinou a língua portuguesa falando com o comparsa Ricardo Saud (“nós não vai ser preso”, "nós entrega o Supremo", "nós entrega o Zé') e se mostrou ruim em previsões. Já está na cadeia (em prisão temporária, de cinco dias, por ora). Ele e o executivo Ricardo Saud. Por enquanto não há prisão determinada contra o implacável e inflexível ex-procurador da República Marcello Miller. Vamos acompanhar.
Enfim, para não deixar dúvidas, para que meus diletos leitores fiquem espertos a ponto de não tentarem desvendar enigmas complexos e mortais, vou reescrever: “Há mais segredos entre os bastidores dos podres poderes público e privado do que nós, míseros lesados e espoliados, podemos imaginar”.
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NOTAS REFERENCIADAS
– Imprensa falada, escrita e televisiva;
– Assertivas do autor que devem ser consideradas circunstanciais e imparciais.