Para onde caminha a humanidade?

Quando poderemos caminhar pra abraçar, pra amar, pra ajudar, pra bem-dizer, pra glorificar a docilidade das pessoas? A pergunta é bem própria para esta época, especialmente para o Brasil em geral, visto que aqui as coisas há muito deixaram de andar nos trilhos.

Aonde vamos chegar com tanto desamor e tragédias vivenciadas no dia? Não são coisas normais porque os acontecimentos são marcados por crueldade e com absoluta falta de resquícios de humanidade.

Lembro que em minha época de juventude meus pais diziam que a gente deveria se aproximar das pessoas e enxergá-las boas e sem maldades. Com o tempo quem não fosse capaz de corresponder a essa expectativa teríamos de afastá-las do convívio, para não nos sugestionarmos.

Hoje, já ensino coisas diferentes aos meus descendentes. A gente tem de se aproximar das pessoas com expectativa negativa e só tempo dirá se tal pessoa merecerá nossa confiança.

Os princípios de vida se inverteram completamente! Por essa razão o mundo está tão desacreditado. É o coletivo quem tem ‘pagado a conta’. Por que o coletivo? Porque a desconfiança é absoluta. Quando alguém que não conhecemos se aproxima da gente, o primeiro impulso é a repulsa, porque não confiamos mais nas ações genéricas. O normal seria que as coisas genéricas não nos atingissem. Era assim antigamente, quando alguém se aproximava a gente até ouvia e procurava dialogar porque existia uma bondade intrínseca em nossa alma. Era um desapego ao temor. Hoje quem não teme corre o risco de entrar numa fria.

Aí vem a pergunta: Para onde caminha a humanidade?

Com os valores invertidos e os maus exemplos vindos daqueles que deveríamos confiar, as coisas tendem a causar traumas ainda mais profundos no sentimento das pessoas. Hoje em dia não é fácil confiar em alguém. A gente fica na defensiva. A gente finge acreditar e às vezes até prejulga.

A hipocrisia anda solta. As máscaras estão tão em evidência que colaram no rosto de muitos. Os políticos nem se fala! Esses são os primeiros a semear desconfiança e desordem na cabeça das pessoas.

Tenho dito para os amigos mais chegados. O que importa somos nós. Temos que fazer a nossa parte. Ao menos tentar estabelecer princípios na vida de nossos calouros. Alertar para a face lúcifer das pessoas, mas ao mesmo tempo afiançar que não é com ela que a vida vai sorrir. A vida só desabrocha para quem caminha pela mansidão do caráter e da ética. Sem isso ninguém alcançará felicidade plena.

A mentira desata. A verdade amarra!

Machadinho
Enviado por Machadinho em 07/08/2017
Código do texto: T6077130
Classificação de conteúdo: seguro