Mudança de atitude
Mas no mundo dos negócios, nem sempre é simples definir um bom seguidor de ordens. Em alguns setores, como na indústria manufatureira, espera-se que os trabalhadores sigam ordens rigidamente. Já em outras áreas, houve uma mudança de padrões, e os "bons" seguidores são justamente aqueles que desafiam a autoridade e ajudam na tomada de decisões.
"A mudança nessa definição é uma mudança social que está sendo observada no mundo inteiro", afirma Barbara Kellerman, professora de liderança pública na Kennedy School of Government, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
No decorrer das últimas décadas, trabalhadores começaram a ter a expectativa de participar mais na tomada de decisões, uma tendência que se acelerou nos últimos quatro a cinco anos porque a tecnologia possibilitou uma colaboração maior e um melhor acesso à informação.
Empresas hoje buscam entender seus funcionários e encontrar o melhor líder para eles
"Em todo o mundo, líderes estão mais fracos, em termos gerais, e os seguidores estão se fortalecendo", afirma Kellerman. "Isso é replicado no mundo corporativo, nos governos e nas ruas da Grécia, da Espanha, de Hong Kong, e em outros lugares onde há uma insatisfação econômica e política."
Segundo Kellerman, gerentes precisam se fazer uma pergunta muito simples: "Como posso gerenciar em uma época em que as pessoas nos desafiam cada vez mais?".
Em vez de ditar regras aos funcionários, o trabalho de um gerente hoje é mais de tentar convencê-los a cumprir com as tarefas e dar a eles motivos para isso. "Isso requer um tipo de liderança muito diferente do de épocas passadas", diz a especialista.
Até alguns sistemas de gestão autocráticos da Ásia e o do Oriente Médio estão sendo substituídos à medida em que os empregados são cada vez mais incentivados a desafiar seus chefes com novas ideias.
Restaurantes são um exemplo onde ordens têm de ser cumpridas para manter consistência
Laurent Lapierre, professor da Faculdade de Administração da Universidade de Ottawa, no Canadá, lembra que essas mudanças não significam desistir da ideia de que o gerente é o chefe. "Pelo contrário, elas indicam que hoje as empresas levam em consideração cada funcionário e analisam que tipo de líder eles precisam".
Segundo o especialista, alguns empregados preferem uma dinâmica mais passiva, de executar as tarefas ditadas pelo chefe. E, enquanto esses funcionários são bons executores, têm menos tendência a inovar e a sugerir ideias novas
Por isso, algumas empresas funcionam melhor quando existem pessoas mais proativas; e elas querem participar das grandes decisões, do orçamento a novas estratégias, qualquer coisa que possa influenciar.
"Nem todo empregado é um seguidor, assim como nem todo chefe é um líder", diz Lapierre. "Como líder, você tem que se perguntar o que precisa fazer para tornar as pessoas suas seguidoras".
Ele lembra que, pela antiga estrutura corporativa adotada por líderes autocráticos, esperava-se que os chefes estalassem o chicote. Hoje, ser chefe tem mais a ver com entender as motivações dos subalternos. É isso o que define uma boa liderança, afirma Lapierre.
Para ele, o motivo pelo qual isso nem sempre acontece na vida real é simples: muitos gerentes são muito inseguros e têm medo de perguntar aos empregados o que está errado com sua própria maneira de liderar.
"Mas existe uma exceção. Em uma crise, é hora de o chefe tomar as rédeas, dar ordens e conduzir a equipe em meio ao problema
Mas no mundo dos negócios, nem sempre é simples definir um bom seguidor de ordens. Em alguns setores, como na indústria manufatureira, espera-se que os trabalhadores sigam ordens rigidamente. Já em outras áreas, houve uma mudança de padrões, e os "bons" seguidores são justamente aqueles que desafiam a autoridade e ajudam na tomada de decisões.
"A mudança nessa definição é uma mudança social que está sendo observada no mundo inteiro", afirma Barbara Kellerman, professora de liderança pública na Kennedy School of Government, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
No decorrer das últimas décadas, trabalhadores começaram a ter a expectativa de participar mais na tomada de decisões, uma tendência que se acelerou nos últimos quatro a cinco anos porque a tecnologia possibilitou uma colaboração maior e um melhor acesso à informação.
Empresas hoje buscam entender seus funcionários e encontrar o melhor líder para eles
"Em todo o mundo, líderes estão mais fracos, em termos gerais, e os seguidores estão se fortalecendo", afirma Kellerman. "Isso é replicado no mundo corporativo, nos governos e nas ruas da Grécia, da Espanha, de Hong Kong, e em outros lugares onde há uma insatisfação econômica e política."
Segundo Kellerman, gerentes precisam se fazer uma pergunta muito simples: "Como posso gerenciar em uma época em que as pessoas nos desafiam cada vez mais?".
Em vez de ditar regras aos funcionários, o trabalho de um gerente hoje é mais de tentar convencê-los a cumprir com as tarefas e dar a eles motivos para isso. "Isso requer um tipo de liderança muito diferente do de épocas passadas", diz a especialista.
Até alguns sistemas de gestão autocráticos da Ásia e o do Oriente Médio estão sendo substituídos à medida em que os empregados são cada vez mais incentivados a desafiar seus chefes com novas ideias.
Restaurantes são um exemplo onde ordens têm de ser cumpridas para manter consistência
Laurent Lapierre, professor da Faculdade de Administração da Universidade de Ottawa, no Canadá, lembra que essas mudanças não significam desistir da ideia de que o gerente é o chefe. "Pelo contrário, elas indicam que hoje as empresas levam em consideração cada funcionário e analisam que tipo de líder eles precisam".
Segundo o especialista, alguns empregados preferem uma dinâmica mais passiva, de executar as tarefas ditadas pelo chefe. E, enquanto esses funcionários são bons executores, têm menos tendência a inovar e a sugerir ideias novas
Por isso, algumas empresas funcionam melhor quando existem pessoas mais proativas; e elas querem participar das grandes decisões, do orçamento a novas estratégias, qualquer coisa que possa influenciar.
"Nem todo empregado é um seguidor, assim como nem todo chefe é um líder", diz Lapierre. "Como líder, você tem que se perguntar o que precisa fazer para tornar as pessoas suas seguidoras".
Ele lembra que, pela antiga estrutura corporativa adotada por líderes autocráticos, esperava-se que os chefes estalassem o chicote. Hoje, ser chefe tem mais a ver com entender as motivações dos subalternos. É isso o que define uma boa liderança, afirma Lapierre.
Para ele, o motivo pelo qual isso nem sempre acontece na vida real é simples: muitos gerentes são muito inseguros e têm medo de perguntar aos empregados o que está errado com sua própria maneira de liderar.
"Mas existe uma exceção. Em uma crise, é hora de o chefe tomar as rédeas, dar ordens e conduzir a equipe em meio ao problema