O VALOR DO DINHEIRO
Dizem que o dinheiro é a mola do mundo. Sabemos de sua utilidade, mas atribuir essa importância a uma ou várias cédulas, é no mínimo ilusório.
Quanto vale a vida?
Quanto custa um raio de sol?
Quanto é um quilo de felicidade?
Quanto Deus cobra para nos mandar a chuva?
Quanto vale a honestidade, se o outro for o prejudicado; e se você for o prejudicado.
Quanto Jesus cobrava pelas curas?
Com essa visão torpe de que o dinheiro é tudo, as pessoas se vendem, se prostituem e tornam-se promíscuas, decadentes, doentes, infelizes, infiéis, mistificadoras, charlatonas e pobres.
“ Fizeram da casa de meu Pai um comércio.”
A igreja tornou-se um palco de representações e apresentações para alguns, em troca do dinheiro. Padre pop, iconoclasta, pousando de artista, fazendo da igreja fonte de renda material.
Pastores pagando para enganar e enganando para receber. A venda de indulgências continua.
Médiuns vendendo o dom para arrecadar.
Rádios e TVs exibindo programas e músicas porque alguém pagou bem, o mal pago, o mal feito.
Jornais e revistas que divulgam de acordo com seus compradores, não patrocinadores.
E assim vamos nós, vendendo, comprando, pagando, fintando, burlando, despenhadeiro abaixo, sem rumo, sem nexo, sem sentido, sem razão, sem moral, sem nada na bagagem, com tudo embaixo.
O dinheiro é neutro. O caráter do homem é limpo ou sujo. Ou modificamos nosso caráter ou o dinheiro será nosso dono.
Dono de nossas vontades,
Dos valores idôneos,
Da ausência ou da presença de fé e da salvação,
Das belas artes,
Das musas e pitonisas,
Ninfas e paladinos,
Políticos e eleitores,
Reis e coringas,
Das verdades ou mentiras.
Não se venda, não se prostitua, não se corrompa. O dinheiro não é nosso, apenas passa por nossas mãos e o que fazemos com ele é a causa de nossa ventura ou de nossa desgraça.
Uma rainha, certa feita em seu leito de morte disse: Dou toda a minha fortuna por um minuto a mais de vida. Não adiantou, ela morreu. Deus não está à venda.
Morreremos sem dinheiro, mas não devemos morrer sem buscarmos a Deus.