QUANTOS BRASIS LEVARAM NAS “MALAS”?

Pensamento

Quem escreve, às vezes, parece redundante no tema e tenho plena convicção do tal fato: o de que quem redunda não sou eu, é a vida, e no caso...a vida do Brasil na mala dos malas.

Então, olho para a vida do meu, do teu, do nosso, do país deles inclusive, a dizer que é impossível deixar de pensar e conectar o todo.

Compartilho o meu pensamento raso, portanto, já que sinto que tudo que vemos é apenas o topo dum profundo ICEBERG,difícil de decifrar.

Tudo extemamente frio por aqui...

Há poucos dias fomos surpreendidos com "novos fatos velhos" sobre a corrupção que nos destruiu.

Coisa já mais conhecida do que andar para frente sempre caminhando para trás, já que somos inéditos e enfadonhos nesse movimento social “acinético” de auto-destruição.

É tanto nome de operação "pega ladrão", tantos "prende e solta", tantas cenas das “malas e cols dos malas”, tantos receptáculos repletos de dinheiro do povo que, um dinheiro a mais ou a menos, já parece não dar tanto IBOPE na televisão e nem na indignação, o que é pior, mas com certeza impacta drasticamente e cada vez mais na vida da Nação.

O último ser da "não última mala" parecia o "Coelho da Alice" fugindo, a correr com a grana do povo para algum país das maravilhas, que com certeza não é o nosso!

Ele tinha pressa...afinal,somos um buraco a se perder de vista, longe de ser o "narcísico"...

Muitos discursos e desiguais aplicações das leis sobre os “iguais”, todavia, coisa de doutos, as que não pertencem ao entendimento dum povo destruído, sem nada porque somos um povo "sem escolas"...é a mensagem subliminar que nos chega pelas telas, via vozes sábias.

"técnicos nunca decidem pela emoção"-dizem- e digo que muito menos pela dor dum povo inteiro...

E dessa vez foi,e mais uma vez dentre tantas, a chuva que concomitantemente às malas despencou sem dó sobre o território Nacional.

Tragédia anunciada? Com certeza que sim. Todas as nossas o são!

No nosso país, quando a natureza procura pelo seu lugar de DIREITO, ela própria nos descobre o tapete do rescaldo do tudo que a corrupção não permitiu que se fizesse pelo social...há décadas!

Os discursos seguem água abaixo, abrindo crateras pelas mentiras desconstruídas.

Então, dentre as enxurradas e rios refletores de toda LAMA INVISÍVEL, circula o fluxo de lixo visível e fétido advindo de todo processo corruptor, “biomarcador” incontestável do nosso principal abandono: o da educação negada, o que ofusca todas as refrações otimizadas das lentes.

Afinal, corrupção tem um nexo causal direto com todas as tragédias que se perpetuam entre nós, alguém discordaria do malefício desse tamanho crime hediondo?

A ocupação desordenada dos solos é só mais uma tragédia negligencial...da natureza desavisada do nosso caos.

Exagero e ou pessimismo da minha parte?

Em absoluto, apenas catalogando o que nossos olhos enxergam para todos os lados, sem esforço algum...ainda que sejamos algo míopes enquanto sociedade civil...organizada mesmo.(?).

Morremos mais do que nas guerras dos países bem mais subdesenvolvidos! Temos IDH de idade média...esbarrando nos da antiguidade quase "pré- histórica".

Mas esse dado estatístico precisaria do entendimento duma ressuscitada aritmética, lembram dela?

Se o povo não tem nem bananas a preço justo...

Resumo dum país que coube nas malas: um corpo crônica e sistemicamente doente, moribundo e esfacelado por uma dinastia de corruptos sem coração e que sempre quando acometido por uma nova afecção acumula novas morbidades sobre as que nunca foram curadas nem saneadas da dor, a caracterizar um ESTADO AGÔNICO com a cidadania refém das doenças incontáveis e incuráveis.

Culpa de quem?

Sempre da natureza, ora!, nunca das obras negligenciadas pelas mãos dos Homens responsáveis pelo todo.

Nem dos que votam e nem dos que são votados.

Esses últimos que, a despeito de serem bem pagos para cuidar do que é do povo, de mala em mala nos levaram tudo, a transformar os equipamentos de Estado em INSTRUMENTOS do interesse das suas tão sonhadas e robustas malas pessoais...infindáveis.

Algo como uma cidadania morta assistindo ao próprio féretro nas malas.

E tudo a céu aberto, sob a noite perene que se instalou sobre o Solo do Brasil.

Que um dia nos haja um sol a iluminar todas as malas obscuras que nos carregaram para o Caos.

A eles, dentro de todas as suas malas já vazias, eu lhes desejo que “o diabo os carregue!” para o xilindró, aquela sua morada infernal preferida do "coisa ruim", dentre os nossos cenários sociais mais dantescos!

Termino meu pensamento com uma pergunta, quiçá sem resposta:

Quantas Malas para descarregar toda a nossa dignidade roubada, hein, Brasil?

E concluo pelo que vejo:

Acreditem, por aqui, todo "crime da mala" compensa.

Infelizmente.