O problema dos relacionamentos afetivos
Quando entramos em uma loja em busca de um novo televisor para a nossa sala de estar, é comum que venhamos a informar ao vendedor sobre o tipo de aparelho _ incluindo recursos e funções _ que estamos procurando. Desse modo, o vendedor passará a nos mostrar apenas os modelos que oferecem aquilo que queremos. Essa medida fará com que as chances de efetuarmos uma boa compra, do ponto de vista da satisfação pessoal, aumentem muito.
Quando estamos em busca de um relacionamento afetivo, também, na maioria das vezes, sabemos exatamente o que queremos; raros, entretanto, são aqueles que deixam isso bem claro para o parceiro(a). As pessoas optam frequentemente por jogar o jogo da conquista, adotando comportamentos e atitudes que não condizem com a sua maneira de ser, e só se sentem seguras para reivindicar o que realmente esperam do outro, quando percebem que conseguiram conquistar o seu coração. Daí em diante começarão as cobranças e as brigas, porque o outro não age nem pensa como eu gostaria. No entanto, eu sabia disso; por que então eu o aceitei?
Porque nutrimos a ilusão de que a pessoa que decidiu ficar conosco será capaz de mudar a sua maneira de ser, agir e até de pensar, por nossa causa, o que convenhamos, é muito difícil de acontecer.
Note que não estou afirmando ser impossível, mas sim complicado. Casais cujos conceitos, hábitos e atitudes sejam muito divergentes, somente conseguem permanecer juntos quando exista um amor verdadeiro resguardado pelo respeito e a compreensão mútua, ou quando um dos cônjuges se torne submisso. Do contrário, irão trocando farpas, culminando com o fim do relacionamento.
No momento em que você se interessar por alguém e perceber que ele ou ela também está interessado, seja sincero(a) com a pessoa e principalmente consigo mesmo(a). Diga se você quer um relacionamento sério (com compromisso), amizade, ou simplesmente sexo, sem compromisso. Admita mesmo que você ainda não tem certeza do que quer, pois isso é um bom começo.
Desfaça-se de suas máscaras, mostre-se à pessoa pretendida como você realmente é. Permita que ela possa conhecer o que você pensa de fato sobre as situações que envolvem um relacionamento a dois.
Estou escrevendo com a finalidade de orientar. Não é meu objetivo promover julgamentos de ordem moral.
As chances de termos um relacionamento feliz e duradouro são bem maiores quando encontramos pessoas com as quais possuímos afinidades; gostos, ideais, conceitos etc., porque os opostos podem até se atrair sob certas circunstâncias como a paixão, carência afetiva e a curiosidade, todavia, semelhante atrai semelhante para que juntos possam edificar o belo e o nobre.
Desejo-lhe boa sorte em sua busca por alguém para chamar de "meu amor", no entanto, é indispensável que você aprenda a se conhecer e se amar primeiro.