Proteja o vovô e a vovó

Não são poucas as notícias de assaltos a idosos e golpes, como o do bilhete premiado, praticados em nossa cidade. Não são poucas. E os acontecimentos descritos são terríveis: idosos agredidos, jogados ao chão e, especificamente no caso dos golpes, que perdem muito dinheiro, às vezes a quantia integral arrecadada durante toda uma vida de trabalho.

A cada vez que escuto nas rádios ou leio nos portais de notícia, indignado, pergunto em voz alta: "mas como? De novo? Como ainda acontece? Ninguém alerta os velhinhos?".

E, se pensarmos bem, não é só de alertas que eles precisam. Há situações em que nós é que temos que fazer por eles o que precisam fazer, especialmente em se tratando de ir a bancos e lotéricas. Preveni-los, apenas, dependendo do caso e das condições de como anda a cabecinha deles, não adianta. Lembro de ter escutado numa entrevista um especialista ensinando que, com a idade, não só a memória e a coordenação vão embora aos poucos, mas também a percepção de ações de pessoas de má-fé. Perdem a capacidade de suspeitar de pessoas estranhas.

Tem idoso na sua família? Precisa ir ao banco? Ofereça-se para ir no lugar dele, ou então acompanhá-lo. Converse, tentando convencê-lo a nunca ir sozinho. Chega um momento da vida que a idade é contada ao contrário. Sim, torna-se decrescente, no que diz respeito ao psicológico também, além do físico. Depois de certa idade, o indivíduo vai do adulto para o adolescente, depois criança e bebê. E uma pessoa de idade bastante avançada sozinha na rua é perigoso tanto quanto uma criança novinha. Eles cuidaram de nossos pais, de nós e, às vezes até de nossos avós. Vamos protegê-los.