Corrupção e Burrice
Nem mesmo as lições do primeiro índio a ocupar o cargo de deputado federal, o notório Juruna, que portava um gravador para “registrar o que o homem branco diz”, serviram para alertar os políticos atuais. Enquanto o índio o conduzia a tiracolo, sem nenhum disfarce, a tecnologia atual permitiu diminuí-lo de tal modo que se tornou imperceptível ao interlocutor, podendo vazar um diálogo. Ora, como é natural, não existe segredo quando mais de duas pessoas são sabedoras de um assunto. Se gravado está na boca do mundo. Já se dizia nos velhos tempos que “mata tem olhos e parede tem ouvidos”.
Permitir que a rua seja sabedora de atos ilícitos não deixa de ser uma burrice por parte de quem pratica a corrupção. Só o homem ético, probo, íntegro, honesto, pode dizer “minha vida é um livro aberto” e não temer os olhos e ouvidos das matas e das paredes.
Felizmente, graças ao avanço tecnológico, o gravador pode revelar a ilicitude dos trapaceiros, tornando-se a mais autêntica testemunha contra o infrator. Não é à toa que para a justiça “não existe crime perfeito”. Ela tarda, mas não falha.
Dá-lhe Juruna...!!!
Seu instrumento tem o poder de estremecer a República.