Será mesmo que todo jovem marginal entra no crime porque quer?
Quando temos um teto para morar, alimento na mesa, uma família estruturada, acesso a educação, a esporte e lazer é fácil julgar e apontar o dedo para o próximo. Você já olha para aquela criança, para aquele jovem envolvido com a marginalidade e já cria um conceito pré formado; É bandido porque quer, não quer trabalhar vira bandido.
É comum se pensar que todas as pessoas que incorrem no crime faz isso por vontade própria. Mas vale ressaltar que na maioria das vezes o jovem que entra no mundo crime, é pobre, mora nos bairros mais periféricos da cidade e vem de uma família desestruturara.
Como cobrar caráter e honestidade de uma criança que cresceu sem referências moral? Sem sombra de dúvidas, O meio social no qual o sujeito vive, contribui para todo tipo formação e, do mesmo modo, para formar sua personalidade e caráter.
Afinal o que é moral? Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade.
Como cobrar moral, honestidade de um jovem que cresceu sem educação adequada? A transmissão dos valores de pais para filhos vai muito além de conselhos, orientações, palmadas ou castigos. O exemplo dos pais é de grande relevância na formação do caráter dos filhos.
Para a formação de uma criança em um jovem ou adulto honesto e de caráter se faz necessário algumas atitudes e ações dos País; Ser presente na vida de seu filho, conversar com ele, saber o que ele sente e como andam seus pensamentos, transmitir a eles quais são seus valores, escutar seu filho sempre que este vier a você. Se não vier, vá a ele!, Sorrir com ele quando for o caso, chorar com ele quando for o caso ou não!, Ou seja, estar lá sempre, mesmo quando não se fizer necessário.
Educar dá muito trabalho, consome tempo, fins de semana, tempo livre, Tempo esse que muitas mães solteiras ao serem abandonadas pelos pais da criança, não tem, pois se faz necessário se ausentar para trabalhar e trazer o alimento a mesa. Inevitavelmente educar preparar uma criança para ser um jovem ou adulto de caráter exige muita dedicação.
Julgar e apontar o dedo para jovens marginalizados é fácil, quando crescemos em um lar equilibrado e onde foi possível desfrutar da dedicação dos seus responsáveis , do amor, do respeito e de carinho.
De fato, existem muitos jovens que seguem pelo caminho doloroso do crime por escolha própria, mais também existem aqueles que são reflexo do meio conturbado em cresceram. O ideal é que antes de julgar alguém possamos tentar conhecer e entender o seu passado e caminho trilhado até ali.