Ê cambada de inúteis

Meu deus!

Reparam que não escrevi deus com a letra “d” maiúscula? Pois é, não escrevi porque não me referi ao Deus que tudo criou; ao Deus onipresente, onipoderoso e onipotente. Está em minúsculo, porque nem ele merece ser evocado nesse meu espanto ao escutar que mais de cento e cinquenta milhões devotos foram dados a um projeto mau acabado de ninfetinha, descarada, manipuladora, e como essa nova juventude transviada (ou seria antenada?) tem por hábito dizer, essa é totalmente fora da casinha; para elegê-la nesse que certamente foi e será durante muito tempo a pior de todas as edições desse programa que se diz entretenimento, o tal de BBB2017. E enquanto um projeto que poderia trazer crescimento real na qualidade de vida da nossa sociedade, como o das “10 medidas para reforma do Congresso Nacional". Está em questionamento por falta de credibilidade nos dois milhões de assinaturas que foram enviadas. Eu disse! Dois milhões de assinaturas e não de assinaturas eletrônicas por internet e ou por telefones. Galera! Fiquei um tempo tentando fazer uns cálculos sobre percentuais desses cento e cinquenta milhões de votos, sobre o tipo de pessoas que votaram. Comecei pensando se seriam todas do PT; ou seriam nossos aborrescentes (também tenho os meus); ou seriam todos mulheres que agora se agarram ao tal “empoderamento”? Como diz a frase? “Mexeu com uma, mexeu com todas!”. Poderiam ser também todos os ditos excluídos da sociedade? Que não conseguem um emprego formal de certeira assinada por não terem qualificação. Pois ficam horas em frente de uma tela de televisão assistindo tais programas sem se darem conta de que existe vida lá fora. Vixe! Quase colei minhas placas de neurônios gastos e velhos. Parei de calcular, me levantei da cadeira e fui até a cozinha. Abri a geladeira, peguei uma cervejinha bem gelada e fui ao jardim ser feliz olhando a cidade de concreto.

ESTEVÃO GUIMA
Enviado por ESTEVÃO GUIMA em 15/04/2017
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