Meia crônica, meio crônico

A reunião dos Amigos de Pitangui da última quinta-feira, 06/04, embora realizada na um tanto distante Avenida Portugal, num bar de traíra da boa, e bem próxima ao Labareda, tinha tudo pra pegar fogo e, eu apenas o aticei. E é quase tudo o que posso delatar agora.

O evento, anfitrionado pelos hermanos Galvão, Antônio e Paulo, de Itajubá, iniciado ainda à crepuscular luz do dia, na certa prometia. Folia a riviria. Quando lá cheguei, os clãs Caldas-Lopes e Fifi já estavam muito bem representados - e etilizados. Rômulo que fazia o seu début, fogo não negava, aliás, fogo já pegava.

E para se enfiar pela goela os salgadinhos que iam pintando, dos ovinhos de codorna à linguicinha fatiada, mas da bem grossa, como apraz à moçada, loiras eram tombadas e tomadas às garrafadas.

E aí pintam Duzim, Bécaud, Toinzim Burriola, Condinho, Marcelo Spray, o nosso barbado Presidente Juarez, e se mais algum que não notei foi porque minha hora soou. E com pouco a carruagem vespertina abóbora não virou. Não sei se meu arrazoado sobre o compromisso coincidente e inadiável que tinha convenceu os membros da confraria. Tenho as mesmas dúvidas que eles. Vamos quites, pois. Mas peguei minha cartelinha pra ser liberado à saída.

E o que para trás deixei - além das dúvidas, suspeitas, suposições e ilações - juro que lamentei. Pelo menos no tocante ao Burriola que viera, como de hábito, pronto para rir de minhas requentadas piadas de salão, copa e fogão.

O assunto então mais comentado - além da eterna e irreparável superioridade do Galo sobre a Raposa, interrompida apenas na era Tostão, e nos anos que se seguiram... - era o aniversário de nosso decano confrade Xumbrega Xaves e, já pela quarta vez no ano, do impagável Ronaldo Viegas, cansado de atazanar colegas. Nada se apurava contudo, eram tudo meras conjeturas, assumidas e logo desmentidas.

Mas a noite prometia, apesar da nota triste do falecimento tão-recente de Dona Delba Lopes Cançado e, ainda na véspera do encontro, de Dona Laura Campos Guimarães, mãe de nossos queridos colegas Alberto Lúcio e Rogério, que sempre prestigiam essas tertúlias, mas que tiveram de se abster desta vez.

Maio tem mais. Quem de duvidar há? E com o campeonato mineiro então já sacramentado, vamos ver se alguém topa mudar de assunto, e falar de mulher, por exemplo.

A boa e refrescante nova, no entanto - além da notícia das bem-sucedidas operações recauchutadoras de Evandro A ou B Rico e de GilBécaud - foi a charmosa Julinha de Duzim ter ligado e desejado um bom, e comportado, ma non troppo, encontro da rapaziada que quase toda já vai fundo no seu segundo cinquentenário de existência e insistência.

O que dali pra frente aconteceu...só no Juízo Final se prestará conta. E vai ter cartela mais impagável do que a dívida de nossa imPrevidência...

Fui.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 10/04/2017
Reeditado em 10/04/2017
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