CABELOS

CABELOS

O fator mais marcante do visual da uma mulher é o cabelo. Coisa bonita é uma mulher com uma cabeleira a ornar seu rosto e destacar sua beleza. Não adiante a mulher ser bela, cobrir-se de ouro em pó se não tem os cabelos que complementem sua fisionomia a fim de deixá-la mais atraente. Hoje a moda aponta para os cabelos longos, lisos ou ondulados, abaixo dos ombros, pelo meio das costas, É por aí que repousa a “preferência nacional” ou o interesse do lado masculino.

Isso fica evidenciado na apresentação do público feminino, a partir das garotinhas adolescentes até as de mais idade. Dia desses eu estava na igreja e me pus a observar as meninas da catequese. A totalidade delas tinha cabelo comprido, umas solto e outras preso no clássico “rabo de cavalo”, mas todas evidenciando o desejo de cultivar uma cabeleira dentro dos padrões fashion das atrizes, modelos e celebridades do mundo feminino.

Eu recordei os meus tempos de adolescência em que a mulherada usava todo tipo de cabelo, desde o curto, ao ondulado e comprido sem de ater a um padrão quase único como hoje. Lembro quando passou o filme Joana D’Arc, lá pela década de 50 com a atriz Jean Seberg, e as meninas passaram a usar o cabelo sugerido no filme, bem curto, ao qual chamavam de “joãozinho”. Foi um sucesso! Depois vieram outros modelitos, com o da Elizabeth Taylor com um crespo graúdo e curto, tudo indo desembocar no loiro platinado, nas cabeleiras cheias estilo Marilyn Monroe. Depois apareceu a moda dos coques, onde os cabelos erar armados acima da cabeça sobre uma estrutura de “bom-bril”. Essa tendência era chamada de “se as vacas voassem”.

Na década de 60 surgiram os cabelos compridos, com Ali McGraw (no filme Love Story) e Regina Duarte (na novela Carinhoso) que assumiram a frente na preferência da apresentação feminina, e também no gosto dos homens. Algumas mexem no cabelo como cacoete ou um indisfarçável tique nervoso.

De lá para cá não se viu outra coisa: As grandes divas do cinema e socialites, como Jennifer Lopez, Kim Kardashian, Julia Roberts e a maioria das apresentadoras de tevê e tudo se converteu num irreversível padrão de preferência internacional. O cabelo comprido, alisado nas “chapinhas” ou cacheado parece que veio para ficar. Mas há quem resiste. As mulheres de mais idade, as velhas matronas, aquelas cujas mães e avós ensinaram que mulher casada, de certa idade não usa cabelo comprido, que pode ser visto como sinônimo de mau comportamento, continuam a usar cabelos curtos, sem muita arte, como os da finada presidenta Dilma. Este uso pode ocorrer pelo preconceito aludido ou por questões práticas. Afinal, embora a maciça preferência masculina, cada uma tem gostos e razões.