A nova síndrome social: o coitadismo-desforra
Há tempos uma senhora tida como culta destilou literalmente a palavra "ódio" contra a classe média, sob aplausos de um grupo que se denomina "pelos menos favorecidos". O curioso é que há uma síndrome nesse grupo que o faz querer insistentemente difundir a ideia de que a classe média é que odeia os pobres.
Mas, ultimamente, uma nova síndrome atinge esse grupo, que tem manifestado uma reação no mínimo: um comportamento que chamei de "coitadismo-desforra".
Trata-se da pessoa ter a certeza de que, por ser de condição social menos favorecida, ao conseguir se destacar em algo vai causar desgosto e ira nos que supostamente, para ela, são de outra suposta casta inimiga, que eles resolveram chamar de "a Casa Grande". O intrigante se torna mais ainda... intrigante, quando se constata que a Casa Grande não é composta pela classe média, mas pela classe que instiga o próprio "sindromizado". Ou seja, o indivíduo que apresenta a síndrome não é o único responsável por adquiri-la. Há algo mais grave que a gera, uma bactéria social inoculada no indivíduo, chamada "cabeçus durus". O agente inoculador é o perigosíssimo invertebrado "politicuns nocivuns". Esse invertebrado consegue fazer com que os SEUS menos favorecidos (não são todos os necessitados da nação, que fique bem claro) tenham um comportamento tão estranho que chega a ser surreal: odiarem (inconscientemente ou não) quaisquer pessoas que não se encaixem nos seus padrões de pobreza e pensamento; acreditarem que não estão odiando; acreditarem piamente que eles é que são odiados por quaisquer outras classes; que as outras classes se enchem de ira e frustração ao vê-los subir na vida; fecharem os olhos para a vida nababesca que os seus políticuns nocivuns levam, ainda que eles (os afetados pela síndrome) continuem entre aspas sem terra, sem teto, sem vergonha.
Não é sinistro?