CARNAVAL

CARNAVAL

Estamos chegando à ocasião de sermos persona.

Pessoa é aquele que veste um personagem, pode ser ele notável ou desconhecido, filósofo ou cientista, politico ou religioso, que veste a mascara personal que pretende atuar no palco da vida. Iniciou-se o personagem em Veneza, com as mascaras carnavalescas. Assim começaram as festas pagãs da carne, popularmente conhecida, mundialmente como Carnaval.

Aqueles que têm uma deformação psíquica, insatisfeitos com a sua individualidade, procuram extravasar sua limitação, adotando um personagem. Independentemente do seu gênero e da sua opção sexual, da sua raça e da sua tez. Por vezes a sua assunção social lhe facilita adotar uma mascara fora do período carnavalesco. Quer seja ela por meio da plástica, do seu toalete ou da maquiagem que lhe propicia a revelação da sua psique oculto ou da sua sociabilidade permissiva da dualidade da personalidade.

Assim o travesti, grosseiro e banal, através de recursos, pode se tornar um artista drag queen, ou um profissional do sexo diuturno em individuo carnavalesco, socialmente admitido no seio da comunidade em que vive, sem preconceito, normalmente como outro qualquer.

A imagem passa a ser o visual característico da festa, sem censura, permissível na sociedade.

Afora o problema da aceitação ou rejeição pela sociedade da sua opção sexual, tínhamos também a questão social da sua interação na vida publica que hoje em dia não mais é problema, em face dos julgados que permitem serem os pacientes identificados pelo seu codinome adotado. Estes já não se enquadram no carnaval porque se formam na sociedade como transexuais.

O carnaval foi desvirtuado da sua criação veneziana, pois a pessoa publica e notórias, se mascaravam perante a população, para se disfarçarem, passando, assim, como personas do folclore ou da plebe, para extravasar a sua personalidade intima e oculta da sua psique.

Chico Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 11/02/2017
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