RAÇA FUNDAMENTALISTA
Desde os atentados às torres gêmeas dezesseis anos atrás, uma palavra nunca mais saiu de moda. Não é apenas o terrorismo que atraiu para si a denominação fundamentalista. Qualquer pessoa do Oriente Médio, que tenha ideias diferentes do que se pensa no Ocidente, tem a palavra tatuada na testa. Uma espécie de racismo da Raça.
Embora seja pouco perceptível, sem exceção todos nós da Raça Humana somos fundamentalistas em potenciais. É um erro afirmar que só aqueles próximos da violência, pertencem a este grupo. Está cada vez mais difícil fugir do fundamentalismo do nosso cotidiano.
Quando nascemos nossa primeira lavagem cerebral, é feita pelas ideias da família. Saliento que não estou falando de educação, e sim de crenças e suas variáveis. O fundamentalismo de berço pode ser tão trágico, quanto alguém se explodindo com bombas amarradas no corpo. Nem o nosso próprio nome nos é permitido escolher.
Do fundamentalismo familiar somos transportados para o escolar. Se contarmos desde a pré-escola, isso dá quase uma década e meia. São meninos e meninas expostos diariamente a professores travestidos de fundamentalistas.
Neste estágio tem início a grande extorsão. Os ensinamentos sumariamente sofrem abortos para o fundamentalismo de ideias. As lavagens cerebrais ficam mais dissimuladas e sofisticadas.
A fomentação é tanta que as portas se escancaram nas universidades. Ali o assoreamento dos ensinamentos salta aos olhos. Só que a cegueira é um dos princípios no mecanismo das lavagens cerebrais. E quem enxerga nem sempre quer ver.
Neste estágio mais elevado, o fundamentalismo de ideias muitas vezes já se mistura com os das drogas. Poucos conseguem fugir dessas lavagens sem algum tipo se sequelas.
Observem as redes sociais. Ali o esplendor do fundamentalismo humano atinge o seu ápice. Um dos palestrantes da “Revolução do Novo” fórum da revista Veja, disse que mais de 70% dos brasileiros buscam conhecimentos e informações no Facebook.
No Facebook encontraremos fundamentalismo para todos os gostos e estilos. Quanto a conhecimentos e informações, estou para acreditar que o palestrante deve ser um ET vindo de outro planeta.
O fundamentalismo ocidental se tatua ainda pelo poder da mídia. Com imagens, as lavagens cerebrais são auxiliadas pelo Photoshop. Ficam maravilhosas. Perto do nosso fundamentalismo, o Estado Islâmico não passa de bichinho de estimação carente.