A Traição Existe. De Quem Para Quem?
Desdêmona esposa de Otelo perdeu a vida por causa da traição de Iago. Um pacto entre Hitler e Stalin estabelecia que a Alemanha e a Rússia não fossem interferir uma na outra em termos bélicos. Tudo parecia perfeito até que Hitler sem explicações atacou os russos na operação Barbarossa. Brutus nomeado Pretor por Cesar conspirou contra ele e o apunhalou pelas costas. Judas Iscariotes entregou Jesus aos romanos por 30 moedas.
Esses fatos comprovam que a traição existe desde os primórdios do século.
A palavra é uma das mais citadas na mídia e motivo de julgamentos precipitados dentro da sociedade.
Vamos restringir o seu uso nos chamados relacionamentos amorosos.
A traição existe? De quem para quem? Ao lidar dentro da esfera amorosa, o casal encantado um com o outro tem uma sensação de completude. A relação se torna monogâmica. Somos um do outro, dizem em romantismo. E o tempo passa sem riscos a essa eterna felicidade. O amor relaxa. Os laços afetuosos deixam de existir. Para quê? Já estamos juntos há tanto tempo indagam em silêncio. E assim como quem não quer nada, devagarzinho, essa palavra insidiosa chamada traição, começa a ocupar a mente de um dos parceiros. E o parceiro (a) trai. A quem? Ao outro, todos dirão. Incrível mas não é.
A traição está em relação à fidelidade que existe em si próprio ao amor, e não em relação à outra pessoa. E aí vem algo um tanto espantoso, se o amor já está em estado de desamor e a necessidade de procurar alguém é maior do que o prazer de ficar, a fidelidade ao amor para com o outro já não existe. Então podemos indagar: A traição existe nos relacionamentos amorosos?