2017 CHEGOU! E AGORA?
Mais um ano se inicia. Passamos por 2016 e, enfim, chegamos a 2017. O que dizer do ano que se foi? O que esperar desse novo ano que está em curso?
Num país que se fez negligente a diversos problemas estruturais, temos um quadro de insatisfação do povo brasileiro, no que se refere a mudanças positivas impactantes para a vida social, tanto no universo do trabalho, como no campo da segurança, da saúde e da justiça.
Continuamos na expectativa de dias melhores, dias esses que muito nos tranquilizariam e, certamente, aumentariam a autoestima desse povo que sofre e é vítima das mazelas que assolam o país.
Na política, após um ano conturbado, com direito a impeachment, prisões de autoridades e grandes empresários, escândalos envolvendo uma dinheirama jamais vista, chegou ao fim de 2016 quase como começou: sem mudanças significativas; sem a punição de muitos envolvidos nos crimes de corrupção, como anseia a sociedade; sem que a totalidade dos valores desviados retornem aos cofres públicos; sem que tenhamos a convicção de que, senão chegou ao fim, ao menos deveríamos ter controle desses crimes de colarinho branco, por intermédio de medidas enérgicas e eficazes.
Permanecemos na esperança de ações que nos convençam de que o país caminha para uma escala de moralidade, no mínimo satisfatória. Não dá mais para aceitarmos os desvios morais oriundos das ações de autoridades que deveriam preservar o patrimônio público e contribuírem para o desenvolvimento econômico do país.
Em que pesem os esforços de muitas autoridades da área jurídica, é bem verdade, na busca em elucidar crimes e punir os agentes, ainda percebemos o longo percurso a se trilhar até que sintamos que a justiça brasileira é deveras séria e comprometida com os princípios da legalidade, da moralidade e da imparcialidade.
Nossos políticos ainda agem como sempre agiram, dando as costas para as reivindicações populares, aprovando medidas amargas para o povo, sob a égide de serem necessárias para o controle das contas públicas. No entanto, nenhuma medida dessa natureza é votada para o poder legislativo, a saber: a reforma política, o corte de gastos, assim como a aposentadoria dos nossos deputados e senadores. E detalhe, são nas caladas das madrugadas silenciosas e frias, carregadas de obscuridade e ausência testemunhal, principalmente dos microfones e lentes de nossa mídia, que votações favoráveis ao legislativo e seus pares acontecem.
No raiar do sol, repousa um judiciário que se eterniza com venda nos olhos, que nada vê e, por consequência, não toma nenhuma atitude digna de justiça, que seria o seu papel fundamental.
E assim seguiremos em 2017, resignados, mas esperançosos de que verdadeiros homens e mulheres públicos possam lutar unidos com o propósito de construírem uma nação próspera, segura e justa.
Feliz 2017 a todos!!!
DEUS É BOM!!!