Central do Ódio
Fiquei pensando com os meus botões, como o ódio se alastra e se introjeta nos corações e mentes das pessoas. Deve ter uma matriz, pensei. É algo planejado, orquestrado, por pessoas, com objetivos... E para que o ódio contamine o tecido social, não basta espalhar mentiras e calúnias nas redes sociais ou o bombardeio diário nas tv's, rádios, jornais e revistas. São necessários argumentos convincentes. A realidade manipulada, descontextualizada oferece o suporte à proliferação do ódio. A grande mídia, com imagens chocantes e efeitos especiais tem o poder de inculcar o sentimento de ódio, com objetivo político-ideológico. Seus desafetos são cotidianamente massacrados, suas reputações destruídas. Conclusão: a chamada grande mídia é uma central de ódio.
Mas como este ódio é reproduzido por pessoas ingênuas, diria, pessoas de bem, face a face ou nas redes sociais? “A mentira tem sempre muitos compartilhamentos (...) As pessoas que fazem isso querem matar a nossa credibilidade (...) aí elas querem matar a gente em vida (...) precisam nos converter em pessoas más, através de boatos e mentiras, que têm cauda longa. E depois, mesmo usando os mesmos canais, é impossível reparar o dano, inclusive porque as pessoas que reproduziram o erro não querem fazer a verdade circular, então, o dano dura muito tempo” (...) Não se trata de uma interpretação maniqueísta. “Ela não é boa nem má. É uma plataforma de construção da realidade. O que ocorre é que algumas plataformas podem levar a uma desumanização se você não tomar cuidado, porque elas têm ferramentas que muitas vezes impedem a geração de empatia entre as pessoas” (Leonardo Sakamoto). No rastro da central do ódio, vem a central de boatos, nascida à partir de mentes contaminadas ou de grupos organizados para esse fim, como gabinetes de parlamentares neo-fascistas, como também de grupos financiados por empresários, banqueiros, indústria bélica e petroleiras. E mais, por agentes do judiciário, que fornecem um suporte de legalidade. E cada um interpreta como sua mente absorveu. Argumentos toscos, verdadeiras mentiras construídas em nome da liberdade de expressão.
“Tanto nos Estados Unidos como aqui se vendeu a ideia de que a liberdade de expressão é um direito absoluto, e isso não é verdade. Ela tem limites, que é justamente quando ataca outros direitos, como as liberdades individuais, por exemplo. Aqui no Brasil ainda tem o fato de isso se confundir com liberdade de imprensa, que também se confunde com liberdade de empresa, mas nenhuma dessas liberdades existe absolutamente. Todas elas são limitadas pelo dano que podem causar a outros direitos” (Leonardo Sakamoto).
"(...) É o ódio orquestrado e pensado politicamente para isso, aí os ignorantes muitas vezes agem motivados pelo que é produzido por essas quadrilhas formadas na internet. Há muitas delas escondidas em sites apócrifos, alguns hospedados até fora do país, o que dificulta inclusive a localização pela polícia”. (Jean Willys).
“As pessoas não sabem ler, saem da escola sem aprender a diferenciar conteúdos, então, muitas vezes uma simples mensagem de Whatsapp ganha a mesma validade do que uma matéria bem apurada que mostra que determinada lenda urbana não existe. Por isso seria importante que houvesse uma formação voltada para a mídia, para que elas soubessem diferenciar o joio do trigo e tivessem a sabedoria de não compartilhar ou curtir algo que possa dar vazão a um conteúdo mentiroso” (Sakamoto).
Obviamente, alguém se beneficia desse ódio. E não é você imbecil, ou pobre de direita, que reproduz e reforça o ódio. A vítima é você, enfim, nós, trabalhadores e trabalhadoras. Nós, o povo. Lembrei-me de uma frase de um livro, cujo nome me foge à memória: " se não mudarmos o comportamento, não mudaremos os resultados".
"(...) a mudança social é como uma família tentando atravessar uma avenida movimentada de mãos dadas: a avó vai atravessar lentamente, enquanto a criança e o adulto vão cada um em outro ritmo, e a sociedade só vai mudar quando a família inteira chegar do outro lado. A gente precisa ter essa consciência” (Sakamoto).
Breve autobiografia literária
Sou escritor e poeta autodidata J Estanislau Filho. Publiquei Crônica do Amor Virtual e Outros Encontros (2012); Filhos da Terra (crônicas e uma novela); Todos os Dias são Úteis (2009) e Palavras de Amor (poesias-2011), Crônicas do Cotidiano Popular (2006), entre outros. Participei de várias antologias, como Poetas Gerais das Minas (1984), que tem um estudo da poesia mineira, por Frei Beto e prefácio de Dom Pedro Casaldáliga; Antologia Poética, pela Triart Editora (2001); Nós da Poesia + 20 NOSOTROS – Editora Todas as Letras (2012). Meu último lançamento é de 2015: A Moça do Violoncelo (contos de suspense e mistério) e Estrelas (poesias). Trata-se de dois livros em um: duas capas com orelhas em papel laminado, 176 páginas. Saiba como receber o seu exemplar, entrando em contato com o autor. Os demais encontram-se esgotados. Trata-se de um trabalho independente, sem fins lucrativos.
Fiquei pensando com os meus botões, como o ódio se alastra e se introjeta nos corações e mentes das pessoas. Deve ter uma matriz, pensei. É algo planejado, orquestrado, por pessoas, com objetivos... E para que o ódio contamine o tecido social, não basta espalhar mentiras e calúnias nas redes sociais ou o bombardeio diário nas tv's, rádios, jornais e revistas. São necessários argumentos convincentes. A realidade manipulada, descontextualizada oferece o suporte à proliferação do ódio. A grande mídia, com imagens chocantes e efeitos especiais tem o poder de inculcar o sentimento de ódio, com objetivo político-ideológico. Seus desafetos são cotidianamente massacrados, suas reputações destruídas. Conclusão: a chamada grande mídia é uma central de ódio.
Mas como este ódio é reproduzido por pessoas ingênuas, diria, pessoas de bem, face a face ou nas redes sociais? “A mentira tem sempre muitos compartilhamentos (...) As pessoas que fazem isso querem matar a nossa credibilidade (...) aí elas querem matar a gente em vida (...) precisam nos converter em pessoas más, através de boatos e mentiras, que têm cauda longa. E depois, mesmo usando os mesmos canais, é impossível reparar o dano, inclusive porque as pessoas que reproduziram o erro não querem fazer a verdade circular, então, o dano dura muito tempo” (...) Não se trata de uma interpretação maniqueísta. “Ela não é boa nem má. É uma plataforma de construção da realidade. O que ocorre é que algumas plataformas podem levar a uma desumanização se você não tomar cuidado, porque elas têm ferramentas que muitas vezes impedem a geração de empatia entre as pessoas” (Leonardo Sakamoto). No rastro da central do ódio, vem a central de boatos, nascida à partir de mentes contaminadas ou de grupos organizados para esse fim, como gabinetes de parlamentares neo-fascistas, como também de grupos financiados por empresários, banqueiros, indústria bélica e petroleiras. E mais, por agentes do judiciário, que fornecem um suporte de legalidade. E cada um interpreta como sua mente absorveu. Argumentos toscos, verdadeiras mentiras construídas em nome da liberdade de expressão.
“Tanto nos Estados Unidos como aqui se vendeu a ideia de que a liberdade de expressão é um direito absoluto, e isso não é verdade. Ela tem limites, que é justamente quando ataca outros direitos, como as liberdades individuais, por exemplo. Aqui no Brasil ainda tem o fato de isso se confundir com liberdade de imprensa, que também se confunde com liberdade de empresa, mas nenhuma dessas liberdades existe absolutamente. Todas elas são limitadas pelo dano que podem causar a outros direitos” (Leonardo Sakamoto).
"(...) É o ódio orquestrado e pensado politicamente para isso, aí os ignorantes muitas vezes agem motivados pelo que é produzido por essas quadrilhas formadas na internet. Há muitas delas escondidas em sites apócrifos, alguns hospedados até fora do país, o que dificulta inclusive a localização pela polícia”. (Jean Willys).
“As pessoas não sabem ler, saem da escola sem aprender a diferenciar conteúdos, então, muitas vezes uma simples mensagem de Whatsapp ganha a mesma validade do que uma matéria bem apurada que mostra que determinada lenda urbana não existe. Por isso seria importante que houvesse uma formação voltada para a mídia, para que elas soubessem diferenciar o joio do trigo e tivessem a sabedoria de não compartilhar ou curtir algo que possa dar vazão a um conteúdo mentiroso” (Sakamoto).
Obviamente, alguém se beneficia desse ódio. E não é você imbecil, ou pobre de direita, que reproduz e reforça o ódio. A vítima é você, enfim, nós, trabalhadores e trabalhadoras. Nós, o povo. Lembrei-me de uma frase de um livro, cujo nome me foge à memória: " se não mudarmos o comportamento, não mudaremos os resultados".
"(...) a mudança social é como uma família tentando atravessar uma avenida movimentada de mãos dadas: a avó vai atravessar lentamente, enquanto a criança e o adulto vão cada um em outro ritmo, e a sociedade só vai mudar quando a família inteira chegar do outro lado. A gente precisa ter essa consciência” (Sakamoto).
Breve autobiografia literária
Sou escritor e poeta autodidata J Estanislau Filho. Publiquei Crônica do Amor Virtual e Outros Encontros (2012); Filhos da Terra (crônicas e uma novela); Todos os Dias são Úteis (2009) e Palavras de Amor (poesias-2011), Crônicas do Cotidiano Popular (2006), entre outros. Participei de várias antologias, como Poetas Gerais das Minas (1984), que tem um estudo da poesia mineira, por Frei Beto e prefácio de Dom Pedro Casaldáliga; Antologia Poética, pela Triart Editora (2001); Nós da Poesia + 20 NOSOTROS – Editora Todas as Letras (2012). Meu último lançamento é de 2015: A Moça do Violoncelo (contos de suspense e mistério) e Estrelas (poesias). Trata-se de dois livros em um: duas capas com orelhas em papel laminado, 176 páginas. Saiba como receber o seu exemplar, entrando em contato com o autor. Os demais encontram-se esgotados. Trata-se de um trabalho independente, sem fins lucrativos.