A FAMILIA GALVÃO
A FAMÍLIA GALVÃO
Antônio Mesquita Galvão
Minha família não é muito grande. Homens, somos dois: meu filho Ricardo e eu. E mais a Carmen e a filha Ana. Ela e a filha são Galvão, mas tem o Soares como nome principal. Na linha da sucessão familiar só o Ricardo e eu. Se ele não tiver um filho homem desaparecem os Galvão. Que “sinuca de bico”!
Meu bisavô (morreu com 93 anos), o velho Januário, casado com Dona Idalina, só teve um filho, o Dorival, meu avô, (morreu com 30 anos), teve, com Dona Euplínia (a véia Nenê), também só um filho, o João Manoel, meu pai, falecido em 1984 aos 70 anos. Este é o histórico preliminar da família e seus sobreviventes. Posteriormente a avó (a véia Nenê) casou (?!) com um cidadão, de cuja união teve quatro filhos e uns quinze netos (meus primos em segundo grau), mas nenhum deles é Galvão.
Os Galvão – o primeiro da heráldica é João de Loures Galvão – surgiram no século XIV em Portugal, que receberam títulos e comendas do rei. No século XVIII começaram a imigrar para o Brasil, radicando-se no Ceará e Rio Grande do Norte. Para cá vieram em fins do século XIX fixando-se em Pelotas, Rio Pardo e Canguçu. A família do meu pai era de Pelotas. Há Galvão por lá até hoje, mas não são parentes. Existem poucos dados biográficos e genealógicos, pois as pessoas que poderiam fornecer algum subsídio já desapareceram.
Agora surgiram por aí, pela mídia e redes sociais, alguns Galvão, das Empreiteiras Galvão e Queiroz Galvão, metidos até o nariz em falcatruas, o que lhes valeu meras indiciações (ninguém foi preso, afinal é o Brasil de Sérgio Moro). E não faltam calhordas que vem me perguntar se sou parente dos calaveiras das empreiteiras. Felizmente não! Por falar em felizmente, não temos ladrões, salafrárioos nem veadoss...
E tem outro Galvão, sobre o qual também me indagam o parentesco: é a mala do Galvão Bueno, narrador esportivo da Globo, figura das mais criticadas pela população por repetição de seus bordões e pela mesmice debochada de seus clichês. Não sei como um cara desses se mantém no ar por tanto tempo. Tem que ter um padrinho muito forte... Tem outros Galvão por aí, repórteres, atores de novela e jornalistas que, graças a Deus, não fazem parte da nossa raça.
Agora, se há um Galvão que eu apreciaria ser aparentado é com o frei Antônio de Santana Galvão, o famoso Santo Antônio Galvão, de Guaratinguetá, primeiro santo brasileiro.
As cinzas da cremação
A Igreja emitiu uma instrução sobre a cremação e o destino das cinzas que causou mais dúvidas que entendimento. Amigos me escreveram pedindo subsídios. Como é um trabalho extenso (seis páginas), publiquei em minha página de literatura (Recanto das Letras) com 329 mil seguidores meu ponto de vista. Está disponível aos leitores: www.recantodasletras.com.br/autores/mesquitagalvao .