O caos da alienação

Já não nos espantamos diante de notícias de assaltos, de manchetes de estupros, de murmúrios de assassinatos. Isso significa que nós, brasileiros, banalizamos a violência a ponto de achar que é tudo normal. Isso é muito triste, mas fato inconteste.

Agora só nos falta facilitar a instalação do caos votando com irresponsabilidade nas eleições municipais que se aproximam.

Votar sem analisar as propostas dos candidatos e seus currículos políticos é abrir mão de um direito de cidadão. Votar no avesso do conhecimento é contrário ao exercício do direito ao protesto que tanto prega a democracia. É antecipar a desordem que advirá por provável consequência.

Protestar sim, mas só depois de traída a confiança e não se pode confiar se não se conhece. É direito e antes o dever, exigir de nossos representantes o empenho em tornar certo o que é de interesse da população. Votar como um gesto autômato, ou, atribuir ao voto uma forma de protesto, é isso sim, alienação e indiscernimento.