LIBERDADE PARA VOOS REVIGORANTES

Prólogo

Paz é a palavra do momento e muitos movimentos estão sendo realizados por todo Brasil e por todo mundo, numa verdadeira rogativa para que haja na convivência humana pacificação, base fundamental para a fraternidade.

Saibamos, no entanto, que a paz não vem de fora para dentro, mas em sentido contrário, ou seja, de nós para a sociedade. Pacificando-nos contribuiremos para a pacificação da comunidade à qual pertencemos.

RECEBENDO AVISOS EDIFICANTES

Frio, mas não tenebroso é o grito, em forma de aviso, que ressoa desta praia muito distante. O inverno demorou a chegar e meu poço, tal qual esperança, de águas doces e cristalinas, já começava a secar.

Agora, com a fé renovada, sinto a alegria renascer das profundezas da terra bondosa, do vazio sem-fim, para inundarem de luz e farturas meus receios e trevas indesejadas, mas sempre aspiradas em cores do mais puro marfim.

A duras penas aprendi a expulsar meus medos interiores, a acreditar nas beatitudes terrenas. Os sinais mostrados chegaram com o frio lancinante mostrando-me o rumo certo a ser seguido. Iniciarei minha caminhada e terei como estrela guia minha atitude e coragem positivas para sair dessa modorra paralisante.

CONCLUSÃO

Com passadas seguras, não vacilantes, seguirei a trilha iluminada e

chegarei em casa, de onde nunca deveria ter saído para aventuras

terrenas inconsequentes. Esse é o caminho certo que eu tenho que

seguir para encontrar meus amigos e amigas; meus pais, avós; meus irmãos, filhas, filhos desconhecidos e a necessária paz longe da minha escuridão e sonhos cinzentos.

Isso será bom porque acredito nessa suprema verdade.

Não precisamos de um motivo para a felicidade acontecer.

Basta que deixemos o tempo seguir seu rumo natural e deixar

a chuva cair, soberana, ao nosso derredor; dar uma trégua

para as nossas confusões, incertezas, tristezas e maquinações.

Quando isso acontecer voaremos livres da vestimenta que nos

oprime e limita nossos voos revigorantes. Agora somos livres!