OS JOGOS OLÍMPICOS RIO/2016
Na fatídica Copa de 2014, eu comentei que não entendia como um país que faz belíssimos desfiles de Parintins à Sapucaí, que tinha profissionais competentes como Rosa Magalhães e Paulo Barros, se apresentava ao mundo de forma tão medíocre. Aí está. Uma abertura magnífica, de encher os olhos e os ouvidos e um encerramento emocionante valorizando a nossa cultura popular.Para que maior emoção do que ver os bonecos do Mestre Vitalino vivos, dançando ao som de Asa Branca – o Hino do Sertão Brasileiro?
Rosa Magalhães e toda uma equipe culturalmente competente, mostraram as belezas do Brasil, mesmo em um projeto "gambiarra". Provaram que não precisamos gastar horrores para encantar o mundo.
Sabemos que o país não está num momento propício para receber um evento desse porte. Falta tudo. Mas isso foi acordado há sete anos e nesse período, muitos se prepararam para receber os visitantes. Agora era tarde para voltar atrás, o que tínhamos que fazer era torcer para que ocorresse da melhor forma possível. E ocorreu. Atletas de vários países postando mensagens de elogios e agradecimentos ao povo brasileiro, que vai pagar a conta é certo, mas... quando é que não pagamos? Pelo menos essa, nós tivemos de retorno um povo alegre e feliz lotando os locais dos jogos, melhor que pagar e ainda por cima ter raiva e aborrecimentos.
Da minha parte, fiquei muito satisfeita com o que vi e acompanhei nesses dezesseis dias. Adoro esportes e vejo Olimpíadas desde que me entendo por gente, desde que não tinha sequer uma televisão e os jogos eram narrados pelo saudoso Luciano Do Valle, numa rádio nacional.
Fátima Almeida
22/08/2016