Amor Ao Próximo

Ser praticante de uma determinada religião não aproxima uma pessoa do plano divino. Visto que, na maioria das vezes, as diferentes religiões existentes ao invés de unir, aproximar as pessoas umas das outras, faz o efeito totalmente contrário e com isso as distanciam da grande essência divinal que paira sobre o Universo: amar ao próximo como a nós mesmos, independente de seus gostos, suas preferências, suas orientações, suas percepções e concepções de mundo, de vida.

Ter uma placa, um nome religioso estampado na testa, não nos torna superior ou inferior em relação ao nosso semelhante, são as nossas atitudes diárias que demonstram nossas verdadeiras faces que brotam do interior e se materializam no exterior.

O medo do desconhecido não deve estar presente em nosso dia a dia! Muitos pais, erroneamente, educam seus filhos inconscientemente a serem preconceituosos com tudo aquilo ou àqueles que não se encaixam em suas caixinhas de padrões familiares que foram passadas por seus ancestrais.

O mundo mudou, o que causava polêmica há cinquenta anos atrás, hoje em dia pode ser considerado perfeitamente normal; não que antigamente fosse anormal, pois ao se tratar de pessoa, de individualidade, ninguém tem o direito de apontar o dedo e julgar o que é certo ou errado. Cada um tem o direito de ser feliz de seu próprio jeito, independente de se encaixar ou não nesses padrões muitas vezes considerados hipócritas e fantasiosos.

A beleza do ser humano está na capacidade de poder vivenciar cada momento, cada ar respirado na face desta Terra usufruindo de sua plena convicção de que, embora sejam todos diferentes um do outro, consigam encontrar equilíbrio no convívio de cada dia.

Quando alguém tentar nos convencer de que sua visão de vida seja o certo, devemos imaginar a seguinte cena: "uma mão tem cinco dedos; embora cada um se difere do outro, cada dedo tem sua função; na falta de algum, toda a mão será comprometida. Ou seja, não é porque somos diferentes uns dos outros que nos tornaremos melhores ou piores; cada qual tem seu valor!"

Uma pessoa pode muito bem ter suas crenças e não ser praticante de nenhuma religião! Pode ter sua bagagem de princípios morais e éticos baseados no amor e respeito ao próximo: o que ela não quer que façam a si mesma, também não faz ao próximo.

Ter paz, tranquilidade de espírito e controle sobre si mesmo, está além do que nossas vãs filosofias terrestres jamais ousaram explorar. Mas o bom de tantos questionamentos e inquietudes diárias, é a constatação do fato de que podemos estar nos aproximando da verdadeira intenção de nossa passagem aqui na Terra: "Será que eu sou capaz de fazer a diferença? Será possível ser melhor do que meus antepassados?"