De Bardot a Bardet
Da Brigitte, para quem não se lembra, melhor ir a Búzios e vê-la sentada, comportada e confortada olhando para o Atlântico, segura do mar de paixões que ardiam à sua frente. Aos seus lados, reverso e verso. O resto é história, de glória, ou inglória, que ainda está por se revelar.
E é quase unanimidade em seu país natal, ou alhures, quando se suscita, ou se pergunta, por um ídolo da França. Lógico que há quem prefira Delon. E sem Delongas...On comprend.
E por toda parte, fez-se ela modelo, um ideal quase inatingível da beleza, do charme, da graça e da volúpia. Ainda escolar, de calças curtas, nos grotões das Gerais, tão particulares por seus sinais, tive uma colega que de Brigitte era chamada. De pia, quanta bela ilusão, a Maria da Conceição.
E na volúpia da idolatria, buscam-se candidatos aptos à sucessão. E a França revela agora, em ascensão, o Bardet, que hoje deve subir ao pódio ao encerramento solene da mais famosa maratona ciclística mundial, o Tour de France.
Antes um quase desconhecido, até mesmo de aficcionados do mundo das bicicletas, Romain Bardet, hoje explode, ainda que não tenha a mínima chance de subir ao degrau mais alto do pódio, posição já assegurada pelo veterano e multi-laureado às inglês, Chris Froome.
Mas no campeão menos se falará - na França pelo menos - do que na estrela que sobe. Afinal, desde os gloriosos tempos de Bernard Hinault, penta-campeão dos anos oitenta, não há expressão e impressão como a que causa o ainda espinhento Romain.
Et maintenant? Du champan?