O SUICIDIO EM MANCHETE

A mensagem do suicídio é clara: O que publicar? Ali não há nada de espetacular. Não há um código jornalístico que impeça a divulgação, muito embora uma convenção moral. Porém, muitos o fazem e ainda o destacam em letras garrafais.

Um corpo baloiçando numa corda, sem pertencer a terra ou ao céu. Alguém doou-se; extenuou-se. Não cabe a ninguém o jugo.

Contribuição, seria debater as causas auxiliando a sociedade a lidar com questões de saúde mental. Embora que para Durkheim o suicídio é egoísta, altruísta e anômico e deve ser tratado como assunto sociológico.

O suicídio é a décima causa de morte que existe. Devemos nos antecipar aos "avisos", visto que os problemas emocionais são gatilhos para tornar esse número crescente e não esperar os jornais trazerem a notícia. Esse método de abordagem antecipada, daria-nos mais subsídios para cuidar dos vivos.

A vida nos obriga a buscar desde sempre. É só reparar na corrida do óvulo pelo desenvolvimento fetal. Muitos ficam pelo caminho, ainda zigoto, na fase do "não ser". E os que conseguem têm que suportar as dores mundo. Tirar a própria vida é romper com este vínculo; é castigar-se, desprezando-a.

"Suicidar-se é apresentar-se diante do Rei sem ser chamado". Deus tenha piedade de nós, jornalistas.