Neofascismo e reforma da educação 2016
Velhacos e jovens transtornados experimentam, extasiados as ideias europeias do século 20 tentando estancar interesses populares na cultura e mentalidade, economia e na golpeada da Presidenta. Avanços da Revolução Brasileira de 1954 aos nossos dias motivaram nesta década a disenteria de preocupações nas classes comprometidas com interesses econômicos próprios em detrimento do país, sua gente e cultura que ora atraiçoam. Ampliaram-se oportunidades no campo da formação profissional e universitária, locus temido pelos grupos econômicos e fundamentalistas abocanhadores da riqueza nacional por considerarem-no reduto de resistência ao reacionarismo, imperialismo e às políticas permanentes de naturalização da pobreza e mendicância intelectual, criminalização da participação popular, controle policialesco à livre expressão pelas camadas oprimidas que se opõem ao Estado faccio absoluto. Parecia-lhes difícil manipular a população e aprofundar seus privilégios invisíveis, considerando perigosa uma sociedade progressivamente se tornando justa com seu povo. A construção de Universidades, bolsas nacionais e internacionais que permitiram aos estudantes pobres e de classe média se concluírem estudos no exterior e o protagonismo do professor nos movimentos de massas. Verifica-se a resistência do brasileiro à tais concepções retrógradas de coloração neofascista, às simpatias com o imperialismo, à volta do totalitarismo, apoiadas no lacerdismo e golpismo palaciano. O golpe, conceitualmente amplo em significação, cuja dificuldade de compreensão ou aceitação oscila entre a absoluta ignorância da hermenêutica sociológica ao deliberado projeto ideológico de ocultar da população o desfile mórbido ao qual assiste o povo. Isso explica porque um congresso composto por analfabetos funcionais, puxadores de carroça dos senhores de engenho, crédulos medíocres das matrizes religiosas primitivas, como aqueles que entendem, sem entender, que a teocracia judaica, daqueles tempos, que nem constitui possibilidade política para os judeus modernos, seja o modo de governo para o mundo atual, também comprou a defesa da “santificação” do Golpe, tornando-o jurídico, ainda que não, democrático, nacional e popular. Aliás, nem mesmo as altezas do STF, oriundas de cursos tecnicistas, com teses de doutorado para prateleiras e de olhos arregalados com ânsias de privilégios financeiros acima do ideário de justiça, embarcou na falsa tese da petrificação dos conceitos, como se não variassem na História. Os historiadores da Educação observarão, as evidências saltam ao olhos, como a área da formação da infância e da juventude se tornou alvo dos camaleões do golpismo, como estupradores travestidos de educadores, demonstram maior vigor intelectual do que os dirigentes da máfia que assaltou o Executivo Federal. Os calibãs brasileiros orquestram seu projeto em duas frentes, a massificação da publicidade conservadora pelos tradicionais meios de ideologização social e a escola pública nacional. Para a última se valem da doutrinação fascista, da falsa neutralidade do conteúdo escolar e do positivismo pedagógico que reduziu à miséria a educação brasileira nos primeiros setenta anos de República, produzindo uma geração alheia às questões de política e cidadania no país. Esforçam-se os discípulos de Joseph Goebells para enterrar as conquistas teóricas das escolas pedagógicas de 1964-1988 recolocando a juventude na educação tecnicista e mercadológica anterior. Desprezo pelas Ciências da Sociedade.